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 | 21/06/2006 05h33min

Brasileiros sofrem com a diferença entre clube e seleção

Vários jogadores passam por problemas de adaptação

Acostumados com seus clubes, os jogadores brasileiros sofrem para se adaptar à realidade da seleção. O posicionamento em campo costuma ser diferente, astros precisam enfrentar o banco de reservas e o tempo de preparação é curto. Por isso tudo, eles explicam que o rendimento, muitas vezes, não é o mesmo.

Na Copa da Alemanha, por exemplo, Ronaldinho ainda não brilhou como fez nas duas últimas temporadas pelo Barcelona, quando foi eleito pela Fifa como o melhor jogador do mundo.

Enquanto isso, Juninho Pernambucano é reserva da seleção brasileira, apesar de ter sido o maestro do Lyon na conquista do pentacampeonato francês. Mesma situação vive Robinho, astro do Real Madrid e apenas opção de banco para o técnico Carlos Alberto Parreira.

– Clube é completamente diferente da seleção. Normalmente, jogamos em outras posições quando estamos defendendo o Brasil – explicou Kaká, um dos poucos que manteve o bom rendimento do Milan nos dois jogos da Copa disputados até agora.

– Com o clube se trabalha todos os dias, durante um ano, sempre com os mesmos jogadores, sempre jogando da mesma forma. Na seleção, é preciso adaptar jogadores diferentes e isso leva mais tempo – admitiu Ronaldinho, lembrando que o período de preparação para a Copa foi curto - cerca de 20 dias.

Cicinho, lateral do Real Madrid, aponta outra diferença que dificulta a adaptação dos jogadores.

– Na seleção brasileira não se tem a mesma liberdade para jogar que se encontra nos clubes. Contra o Brasil, as equipes adversárias jogam muito mais fechadas – revelou um dos reservas do grupo de Parreira.

Nesta quarta-feira, a seleção brasileira faz um único treino, para reconhecimento do gramado do Westfalenstadion, em Dortmund, onde acontecerá o jogo de quinta, contra o Japão, pela última rodada da primeira fase da Copa.

O treinamento no estádio está marcado para as 16h15 (11h15 pelo horário de Brasília) e depois do trabalho, a delegação do Brasil volta para Bergisch Gladbach, onde está concentrada - são cerca de 90 quilômetros entre as duas cidades.

Já classificado para as oitavas-de-final, o Brasil precisa de um empate contra o Japão para garantir o primeiro lugar do Grupo F. O jogo de quinta-feira, em Dortmund, será disputado a partir das 21 horas (16 horas pelo horário de Brasília).

Agência Estado
 

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