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 | 02/11/2005 20h56min

CIA mantém prisões secretas na Europa Oriental

Suspeita-se que presos seriam submetidos a torturas

A CIA também mantém prisões secretas na Europa Oriental. Nos últimos dois anos foram descobertas prisões secretas do órgão no Exterior, além daquelas cuja existência já era conhecida, com as do Iraque, Afeganistão e Tailândia e Cuba (Guantánamo). O jornal The Washington Post acrescentou hoje mais detalhes ao afirmar que mais de 100 suspeitos por prática de terrorismo passaram por estas instalações, que existiram em oito países.

A lista inclui várias nações da Europa Oriental, mas a publicação não revelou maiores detalhes sobre sua localização a pedido do governo dos EUA, que teme que a informação ajude os terroristas ou transforme os países em questão em alvos de atentados.

Para o ex-subcomandante Eugene Fidell, a existência destas prisões não é ilegal, mas sim o que poderia haver dentro delas.

– As condições (de detenção) são potencialmente medievais – disse Fidell, um advogado que preside o Instituto Nacional de Justiça Militar.

Pouco se conhece do que ocorre ali. O único caso de que há notícia é a morte por congelamento de um detido, em novembro de 2002, na chamada Mina de Sal, o codinome de uma prisão secreta da CIA no Afeganistão que agora foi transferida à Base Aérea Bagram, nas cercanias de Cabul.

Nestes estabelecimentos secretos, os agentes têm autorização para usar técnicas de pressão nos interrogatórios, o que viola a Convenção da ONU contra a Tortura, entre elas a imersão de detidos em água com ameaça de afogamento, como foi descoberto em 2004.

– Esta Administração envergonha nossa nação ao buscar mecanismos alternativos de forma a driblar nossas tentativas para prevenir a tortura –  denunciou hoje o congressista democrata Edward Markey.

A CIA, como se espera de uma agência secreta, não quis fazer comentários sobre o assunto, mas Stephen Hadley, Conselheiro de Segurança Nacional, disse hoje que o presidente (George W. Bush) deixou muito claro que os Estados Unidos não cometem atos de tortura e que atua segundo a lei, respeitando suas obrigações internacionais.

AGÊNCIA EFE

 

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