O deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), relator do processo de cassação do deputado João Magno (PT-MG) no Conselho de Ética, pretende concluir seu trabalho em no máximo 45 dias. Carneiro foi o relator do processo de cassação de Roberto Jefferson (PTB-RJ). João Magno é acusado de ter se beneficiado do caixa dois do PT, por ter recebido R$ 350 mil do empresário Marcos Valério, apontado como operador do pagamento de mesadas a parlamentares da base aliada, o mensalão.

O petista admite ter usado dinheiro não contabilizado em sua campanha eleitoral para a prefeitura de Ipatinga, em 2004, mas diz que desconhece a origem do dinheiro.  Na terça passada, o Conselho de Ética começou a notificar os 11 deputados que respondem a processos de cassação.

– Devo aguardar que o deputado João Magno compareça para fazer sua defesa prévia e só assim poderei estruturar meu trabalho – diz Carneiro.

A partir da notificação, o réu tem prazo de cinco sessões para apresentar a defesa prévia e indicar testemunhas. Outros dois deputados do PFL foram sorteados para relatar processos de cassação no Conselho de Ética. Edmar Moreira (MG) relatará o processo de José Mentor (PT-SP) e Moroni Torgan (CE), relatará o processo do deputado Vadão Gomes (PP-SP).