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 | 20/10/2005 10h49min

Sogro de legista morto era bicheiro e foi assassinado em 2003

Morte de Carlos Belmonte Printes segue sendo investigada pela polícia

Continua o mistério sobre a morte do legista Carlos Belmonte Printes, encontrado sem vida pelo filho em seu escritório em São Paulo, no último dia 12. Nesta quarta, prestaram depoimento à polícia a ex-mulher Vera Capelosi, e o filho do casal, Guilherme, além a segunda mulher, Luciana Plumari, que o havia deixado. O pai de Luciana é o bicheiro Francisco Plumari Junior, conhecido como Chico da Ronda, assassinado em 2003. Na carta deixada com recomendações para o enterro, o legista pediu que suas cinzas fossem colocadas ao lado do corpo dele.

Vera e Guilherme descartam que o médico tenha cometido suicídio e acreditam que pode ter ocorrido "algo mais grave". Nesta terça, a polícia esteve durante duas horas no escritório e recolheu garrafas de suco e refrigerante que teriam sido consumidor por Belmonte, além de disquetes com laudos inacabados. Eles afirmaram ainda à polícia que o legista passou a ter comportamento estranho desde que fez um curso com a Swat americana, no início do ano. Desde então, teria passado a dizer que iria morrer e que estava mal de saúde, embora fizesse planos para o futuro.

Foram entregues à polícia duas cartas escritas por Belmonte uma semana antes da morte. Para a ex-mulher e para o filho, ele deixou uma carta com informações bancárias dele e recomendações para o velório e enterro. A outra foi escrita para Luciana Plumari, a atual mulher. Delmonte estava triste e se referia a Luciana como sendo "a mulher de sua vida".

O perito ganhou notoriedade no caso de Celso Daniel depois de ter afirmado que o petista foi torturado antes de ser morto, o que reforçaria a hipótese de crime político e vingança.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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