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 | 22/09/2005 15h30min

IBGE estima queda de 5,23% na safra 2004/2005

Cereais, leguminosas e oleaginosas devem somar 113,131 milhões de toneladas

A oitava estimativa da safra nacional de 2005 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estastística (IBGE) aponta para uma produção de cereais, leguminosas e oleaginosas da ordem de 113,131 milhões de toneladas, contra os 119,370 milhões de toneladas obtidas em 2004. Trata-se de uma redução de 5,23% em relação à safra de 2004, o que representa uma perda de 6 milhões de toneladas.

As informações de agosto do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) mostram também um decréscimo de 0,33% em relação a estimativa de julho –113,507 milhões de toneladas. Os produtos pesquisados são caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale.

Na comparação com 2004 a região Nordeste, que responde nesta safra por 8,91% dessa produção total, apresentou um acréscimo de 7,87%. As regiões Norte e Centro-Oeste, responsáveis respectivamente por 3,61% e 37,29%, tiveram, na mesma ordem, incrementos de 14,81% e 5,49%. Já as regiões Sudeste e Sul, com participações de 15,56% e 34,63%, respectivamente, apresentaram reduções de 0,23% e 19,77%.

Na comparação com o mês de julhos destacam-se as variações nas estimativas de produção do feijão em grão 1ª safra (-2,93%) e milho em grão 2ª safra (-1,24%). A variação negativa verificada no feijão 1ª safra deve-se aos ajustes na produção, já que a colheita terminou em praticamente todas as grandes regiões produtoras do país: Nordeste (-5,13%), Sudeste (-3,63%) e Sul (-1,38%). Estas regiões apresentaram, respectivamente, as seguintes produções: 394 mil toneladas, 344 mil toneladas e 556 mil toneladas.

Com referência ao milho 2ª safra, foi verificada uma queda de 1,24% na estimativa de produção de agosto, frente à estimativa de julho. Entre os Estados produtores o decréscimo mais relevante foi observado em São Paulo (-30%), com a produção no patamar de 744 mil toneladas. As condições climáticas irregulares foram as principais causas dessa forte redução na produção paulista de milho 2ª safra.

Dentre os produtos analisados apresentaram variação positiva na estimativa de produção em 2005 em relação ao ano anterior o feijão em grão 2ª safra (8,99%), feijão em grão 3ª safra (10,70%), mamona (37,46%) e soja em grão (3,24%). A variação negativa foi verificada nos seguintes produtos: algodão herbáceo em caroço (-1,74%), arroz em casca (-1,02%), feijão em grão 1ª safra (-2,42%), milho em grão 1ª safra (-12,46%), milho em grão 2ª safra (-28,76%), sorgo em grão (-28,21%) e trigo em grão (-9,17%).

Embora a colheita dos produtos de primeira safra (safra das águas) já esteja encerrada nos principais pólos produtores do país, os produtos de inverno como trigo e os cultivos de 2ª e 3ª safras do milho e feijão permanecem em acompanhamento no campo.

Para o milho 2ª safra, espera-se uma produção da ordem de 7,6 milhões de toneladas, 29% inferior à obtida na safra passada, que foi de 10,7 milhões de toneladas. No Mato Grosso e Paraná, principais produtores e responsáveis por 63% da produção nacional, espera-se uma produção de 1,8 milhão de toneladas e 3 milhões de toneladas, respectivamente. Nestes Estados a colheita já se encontra bem adiantada e próxima do final.

A estimativa para o trigo indica uma produção de 5,2 milhões de toneladas, 9,17% menor do que a colhida em 2004 (5,7 milhões de toneladas). No Paraná e no Rio Grande do Sul, onde se concentram 90% da produção tritícola do país, as condições climáticas encontram-se normais. Na safra de 2005 o Paraná espera colher uma produção da ordem de 3 milhões de toneladas (1,19%) com produtividade de 2.330 kg/ha (5,62%). Já o Rio Grande do Sul estima um volume a ser colhido de cerca de 1,7 milhão de toneladas (-19%) e a produtividade de 1.966 kg/ha ( 7%).

IBGE
 

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