Assinado por um grupo de 60 juízes e desembargadores gaúchos, um manifesto critica as recentes movimentações políticas do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim.

O documento sugere que Jobim renuncie imediatamente à magistratura e à presidência do Supremo caso tenha disposição de se candidatar ao Planalto em 2006.

Jobim tem figurado entre as alternativas do PMDB para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No texto, os magistrados gaúchos condenam as pretensões políticas do presidente do Supremo. Segundo o idealizador do texto, juiz Newton Fabrício, da Vara de Falências e Concordatas em Porto Alegre, as duas atividades são incompatíveis.

A conduta de Jobim está sendo contestada pelo grupo desde abril de 2004, quando, na condição de integrante do Supremo, ele participou da inauguração de um escritório de advocacia em Porto Alegre. Sete juízes, incluindo Fabrício, representaram contra Jobim no Supremo, mas o pedido foi arquivado pela ministra Ellen Gracie.

O documento não tem o aval da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris). Por meio da assessoria, Jobim disse que não vai comentar o texto.

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