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 | 15/08/2005 14h19min

Itália confirma risco de atentados e expulsa 701 muçulmanos

Nos últimos dias, 141 pessoas foram detidas na nova lei antiterror

Autoridades italianas confirmaram hoje o risco de sofrer um atentado por uma rede terrorista internacional é elevado, e anunciaram a expulsão de 701 muçulmanos em situação ilegal.

O ministro do Interior, Giuseppe Pisanu, presidiu hoje a reunião do Comitê Nacional para a Segurança, da qual participaram altos funcionários do Gabinete e chefes dos diferentes corpos policiais e dos serviços secretos civil e militar. O Comitê divulgou um comunicado em que confirma o temor de um atentado terrorista em solo italiano, especialmente após os que aconteceram nas últimas semanas em Sharm el-Sheikh, no Egito, e em Londres.

A ameaça terrorista é de origem islâmica, de acordo com o organismo, que reviu as medidas de prevenção aprovadas em julho pelo Parlamento e elaboradas pelo Ministério do Interior, que implicam um reforço da vigilância. O controle estava concentrado em lugares vinculados aos imigrantes islâmicos, como centrais telefônicas, restaurantes de comida árabe e agências de envio de dinheiro ao exterior.

Policiais, carabineiros e agentes da Guarda de Finanças (polícia fiscal e de fronteiras) realizaram, em poucos dias, 32.703 identificações que resultaram em 141 detenções e a abertura de procedimentos de expulsão do país. Os afetados não estão necessariamente vinculados a redes terroristas mas, em sua maioria, não têm documentação para morar na Itália ou exibiram passaporte falso, o que pode ser punido com pena de até quatro anos de prisão. Os gerentes de alguns dos negócios investigados que cometeram irregularidades também foram postos à disposição da Justiça.

Em setembro, quando o Parlamento for reaberto, Pisanu explicará a aplicação das novas normas que pretendem garantir a segurança. O Comitê determinou um roteiro de manobras para reagir a um eventual ataque terrorista, assegurando a ordem pública, os primeiros socorros e o posterior trabalho de investigação.

Nestes dias de férias, o ministério preparou uma forte operação de segurança em todo o país para proteger possíveis alvos de atentados, de edifícios oficiais a Embaixadas, quartéis ou centrais de abastecimento de energia. Milhares de agentes e soldados com mais de 17 mil automóveis, 500 navios e 88 aviões e helicópteros participam da operação, segundo o comunicado do Comitê.

As informações são da Agência EFE.


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