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 | 07/08/2005 17h59min

Reino Unido é criticado por não extraditar acusados de terrorismo

Trâmites judiciais incompletos atrasam deportações

O jornal Sunday Express critica neste domingo as autoridades britânicas por não acelerarem os trâmites para a extradição de 13 suspeitos de terrorismo para Estados Unidos, Espanha, França e Itália.

Os EUA exigem Abu Doha, de 39 anos, também conhecido como doutor Haider, Rachid ou Didier Ajuelos. Ele teria dirigido uma célula terrorista da Al-Qaeda em vários países.

O país também pediu a extradição de Abu Hamza (detido em maio de 2004 e acusado de conspirar para fazer reféns), de Babar Ahmad (capturado em agosto de 2004 e acusado de arrecadar fundos e fazer apologia ao terrorismo na internet) e de Khalid Al Fawwaz (empresário saudita detido em setembro de 1998 por conspiração para cometer um assassinato).

As autoridades americanas também exigem um indivíduo identificado como "Mr. X" e acusado pelos EUA de participar de uma conspiração para atentar contra as embaixadas do país em Dar es Salam (Tanzânia) e Nairóbi (Quênia). A lista termina com o militante egípcio Yasser al Sirri, acusado de financiar o terrorismo e condenado à morte à revelia no Egito.

O tunisiano Hedi Ben Boudhiba, de 45 anos, foi detido em agosto passado no Reino Unido a pedido das autoridades espanholas, que exigem a extradição dele por acreditarem que é comparsa de Kamel Bourgass, terrorista condenado à cadeia perpétua por assassinar um policial britânico.

Outro suposto terrorista exigido pela Espanha é, segundo o jornal, Farid Hilali, de 35 anos, que foi detido em junho de 2004 por terrorismo após ter morado no Reino Unido por 12 anos. Ele foi acusado de pertencer à célula da Al-Qaeda que preparou os atentados de 11 de setembro nos EUA.

A Espanha pediu também a extradição de Moutaz Almallah Davas, de 39 anos e origem síria, detido no ano passado por crimes de terrorismo. Ele também morou no Reino Unido e é acusado pelas autoridades espanholas de ter alugado um apartamento em Madri em que os autores dos atentados em Madri foram inicialmente treinados.

A França exige a extradição de Rachid Ramda, detido em novembro de 1995 sob acusação de ter fornecido apoio logístico e financeiro aos autores de três ataques terroristas realizados naquele ano em Paris pelo Grupo Islâmico Armado (GIA).

As autoridades francesas também exigem a extradição de um indivíduo conhecido apenas como Kadri, também acusado de vários crimes terroristas cometidos na França. Também querem o argelino Mustapha Labsi, detido em maio de 2001 sob a suspeita de ter treinado os seqüestradores dos aviões do 11 de setembro e de ter participado do complô para atentar em 1999 contra o aeroporto de Los Angeles.

A Itália exige a extradição do líbio Faraj Hassan Faraj, detido em julho de 2003 por planejar atentados dentro e fora desse país. Todos os casos estão pendentes de resolução: alguns pela interposição de recursos contra a extradição e outros porque faltam documentos ou não foram cumpridos todos os requisitos.

O Reino Unido exige que a Justiça italiana lhe entregue Osman Hussain, britânico de origem etíope suspeito de um dos fracassados atentados de 21 de julho em Londres e que conseguiu fugir para Roma, onde está detido.

As informações são da agência EFE. 


 

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