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 | 15/07/2005 23h45min

Detido por engano por atentados de Madri aciona EUA

Homem teria sido preso porque digitais pareceriam com encontradas em bolsa

Brandon Mayfield, o advogado detido por engano por sua suposta ligação com os atentados de 11 de março de 2004 em Madri, defendeu nesta sexta-feira sua causa contra o governo dos Estados Unidos num tribunal e exigiu do FBI (a polícia federal americana) a devolução dos documentos que lhe foram apreendidos.

Os advogados que defendem Mayfield exigiram que o FBI destrua ou devolva a seu cliente os documentos apreendidos em sua casa. Reter cópias de materiais apreendidos é uma violação à privacidade de Mayfield, alegou Elden Rosenthal, um de seus advogados, a um painel de três juízes do Tribunal de Apelações de Portland.

Esta é uma das reivindicações da causa apresentada por Mayfield. O advogado do Departamento de Justiça Kirby Heller diz que o governo precisa destas cópias para se defender no processo aberto por Mayfield. Os juízes não disseram quando se pronunciarão sobre o caso.

Mayfield, de 38 anos, foi detido em maio de 2004, dois meses depois de várias bombas terem explodido em trens de Madri e matado 191 pessoas. O FBI disse a princípio que as digitais achadas numa das bolsas com os detonadores coincidia com as de Mayfield, embora posteriormente tenha esclarecido que pertenciam a outra pessoa.

O governo então liberou Mayfield e lhe pediu desculpas pelo erro. Mayfield, que se converteu ao Islamismo, argumenta em sua ação que o governo o perseguiu devido a sua fé. Num documento apresentado ao tribunal, o FBI sustenta que "Mayfield não foi detido por ser muçulmano, mas porque os especialistas em impressões digitais concluíram que as suas coincidiam com as achadas na Espanha".

As informações são da agência EFE.


 

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