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 | 29/05/2005 17h10min

Filho de ex-premiê vence eleições no Líbano

Contagem de votos está sendo encerrada naquele país

Candidatos liderados pelo filho de Tafik al-Hariri, ex-primeiro-ministro morto do Líbano, ganharam todas as cadeiras do Parlamento em Beirute nas eleições gerais do país neste domingo, dia 29, de acordo com informações do governo libanês.

– A contagem está quase terminada, e foi uma grande vitória para a lista de Hariri– afirmou a fonte, que pediu para não ser identificada.

O bloco anti-Síria de Saad al-Hariri já tinha 9 dos 19 assentos da capital no Parlamento de 128 cadeiras antes das eleições, porque esses não entraram em disputa. A fonte disse que candidatos da lista de Hariri levaram os outros dez assentos.

– Essa vitória é para Rafik al-Hariri. Hoje, Beirute mostrou que é leal a Rafik al-Hariri– disse Hariri, de 35 anos, a um grupo de simpatizantes em festa do lado de fora da sua casa.

Hariri é um empresário bilionário que entrou na política por causa do assassinato do seu pai em 14 de fevereiro passado. O pai dele, quando premiê, tornou-se símbolo da reconstrução do Líbano depois da guerra. Beirute foi a primeira região do país a ir às urnas. Outras votam nos próximos três domingos.

O enviado das Nações Unidas, Terje Roed-Larsen, saudou o Líbano pelo sucesso da primeira rodada das eleições gerais.

– Essas eleições representam um passo significativo para os libaneses na sua busca por recuperar a sua independência política e soberania integrais– disse ele, por meio de comunicado.

Poucos esquerdistas pró-Síria e militantes muçulmanos estavam competindo com o futuro bloco de Hariri em Beirute. O ministro do Interior disse que o comparecimento às urnas deve ficar em 28%.

As eleições se dão depois de dois terremotos políticos no Líbano: o assassinato do ex-premiê Hariri na explosão de uma bomba que, para muitos libaneses, foi obra de Damasco, e o fim dos 29 anos da presença militar síria no país.

Entre esses dois episódios, cristãos e muçulmanos, muitos rivais na guerra civil, tomaram as ruas para protestar contra a Síria, que negou qualquer envolvimento na morte do ex-primeiro-ministro.

Pela primeira vez, observadores internacionais monitoraram as eleições. A União Européia liderou uma equipe de cem observadores.

– É uma festa da democracia– disse à imprensa o líder da missão européia, José Ignácio Salafranca.

Os críticos da Síria, que intensificaram o aperto ao Líbano após a guerra civil (1975-90), dizem que a inteligência síria manipulou as eleições anteriores.

O resultado das eleições era previsível em Beirute e também é no sul do país, mas disputas mais apertadas devem se dar no norte e no centro do país, especialmente entre grupos rivais cristãos.

As informações são da agência Reuters.

 

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