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 | 27/03/2005 19h57min

Acusado pela morte de missionária nega crime em depoimento

Fazendeiro se entregou à polícia neste domingo

O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, acusado de ser o mandante do assassinato da freira norte-americana Dorothy Stang, presta depoimento depoimento na sede da superintendência da Polícia Federal no Pará. Segundo o delegado da corregedoria da Polícia Federal em São Paulo, Anderson Daura, o suspeito “nega tudo até o final". Dutra foi deslocado para acompanhar a comissão do Senado Federal que investiga o assassinato da missionária, no Pará.                                  

A prisão, segundo o delegado, estava sendo negociada há mais de 20 dias pela polícia, a comissão do Senado, o advogado e o irmão do acusado. Moura, que estava escondido em um barracão na floresta cerca de 20 minutos de vôo da área urbana de Altamira, entregou-se na presença de seu advogado, Augusto Septimio, e da senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA), que representa a comissão do Senado.

Ele chegou na superintendência da PF em Belém acompanhado também de procuradores estaduais e federais.  O depoimento, segundo Daura, está sendo acompanhado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Para que houvesse a rendição, foi feito um acordo no qual o acusado deveria ficar detido na PF de Belém e prestar depoimento logo após sua prisão.  Detenção foi registrada em vídeo.

O fazendeiro teve a prisão decretada pelo juiz estadual na cidade de Pacajá Lucas do Carmo, em 15 de fevereiro. Vitalmiro Bastos de Moura já responde a processo na justiça estadual por homicídio duplamente qualificado, acusado pelo Ministério Público do Pará de ser o mandante do assassinato.

O pecuarista Valdir José de Moura, o irmão do acusado, disse à imprensa, em frente a PF em Belém, que seu irmão não tinha qualquer relacionamento, rancor ou motivo para matar a freira.

A missionária Dorothy Stang foi morta em 12 de fevereiro e a polícia já prendeu as quatro pessoas acusadas de envolvimento no caso, mas ainda investiga um consórcio de fazendeiros que também poderia ter participado na morte da religiosa.

As informações são da agência Reuters.

 

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