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 | 17/02/2005 12h36min

Altamira servirá como base para pacificar sul do Pará

Base abrigará 2 mil militares que apoiarão ações de segurança

As instalações da 51ª Brigada de Infantaria de Selva, em Altamira, servirão como base para o posto de comando das operações dos cerca de 2 mil militares que apoiarão ações de segurança pública e fiscalização fundiária, ambiental e trabalhista no sul do Pará.

Os soldados deverão fornecer apoio logístico, como transportes e alojamento, além de segurança a equipes do Ministério do Trabalho, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e das polícias Federal, Militar e Civil. As ações devem prosseguir por tempo indeterminado.

A decisão de enviar as tropas foi tomada pelo governo federal nesta terça, depois de uma seqüência de assassinatos de líderes populares ligados a questões de posse de terra, nos últimos dias. O Exército informou que as tropas serão compostas por militares de Marabá, Itaituba, Altamira e Belém. Helicópteros serão deslocados desde Manaus. O comando será do general Jairo César Nass, da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, de Marabá.

Os representantes das polícias e das Forças Armadas definem até esta sexta, 18, as áreas de atuação, os chamados "pontos críticos", na região que é considerada "zona de pacificação".

Altamira fica no centro do Estado do Pará, a 740 quilômetros de Belém. A cidade é ponto estratégico entre várias regiões em conflito e fica a oeste da área que margeia a rodovia Transamazônica, disputada por posseiros e grileiros. Ao sul de Altamira, que é banhada pelo rio Xingu, ficam as reservas de madeiras nobres da Terra do Meio (como é denominada a região entre os rios Tapajós e Xingu, no sudoeste paraense), cobiçadas por madeireiros, que expulsam comunidades tradicionais de ribeirinhos e invadem terras indígenas. Ao norte fica Porto de Moz, na mesorregião do Baixo Amazonas.

Relatórios recentes de entidades ambientalistas como o Instituto Sócio-Ambiental e o Greenpeace apontam Porto de Moz e Terra do Meio como algumas das mais ameaçadas áreas da Amazônia Brasileira na atualidade.

As informações são da Agência Brasil.

 

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