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 | 08/02/2005 13h06min

Israel e palestinos declaram fim da violência

Facções dizem que promessas não são suficientes

Líderes israelenses e palestinos anunciaram no Egito, nesta terça, dia 8, o fim formal de mais de quatro anos de derramamento de sangue. O presidente palestino Mahmoud Abbas disse que acordou com o primeiro-ministro israelense Ariel Sharon o fim de toda a violência. Sharon declarou o fim da atividade militar. Os anúncios foram feitos na reunião de Sharm el Sheikh, vista como passo decisivo no sentido de retomada das negociações de paz.        

– Acordamos com o primeiro-ministro Ariel Sharon o fim de todos os atos de violência contra israelenses e palestinos, estejam onde estiverem. A calma que vai prevalecer em nossas terras a partir de hoje constitui o início de uma nova era – disse Abbas no resort turístico de Sharm el Sheikh, nas margens do Mar Vermelho.

Foi o encontro de mais alto nível entre os dois lados desde o início do levante palestino, em 2000, após o fracasso das conversações de paz. Os dois lados não assinaram um acordo formal de cessar-fogo, e Israel destacou que estava tratando apenas com a Autoridade Palestina de Mahmoud Abbas, não com os militantes responsáveis pelos ataques.

O anfitrião do encontro, o presidente egípcio Hosni Mubarak, e o rei da Jordânia Abdullah,  somaram seu peso a uma cúpula que pode preparar o terreno para a retomada do "mapa do caminho", apoiado pelos EUA, em direção criação de um Estado palestino lado a lado com Israel com garantias de segurança.

Pela primeira vez em muito tempo há esperança em nossa região de um futuro melhor para nós e para nossos netos – disse Sharon.

Apesar dos anúncios, porém, restam dúvidas quanto adesão dos grupos militantes responsáveis por ataques suicidas e outros, emboras eles tenham concordado com uma trégua "de fato".

– Não faz sentido falar em trégua neste momento.  Não vimos qualquer pressão séria do lado israelense para tomar medidas concretas que comprovem sua seriedade. –  disse Hassan Youssef, do Hamas, pela  televisão Al Jazeera.
 
As facções dizem que a promessa israelense de libertar 900 dos 8.000 prisioneiros palestinos, retirar suas tropas e pôr fim aos assassinatos políticos não são o suficiente. Embora Abbas queira agregar os militantes em lugar de refrear sua ação pela força, autoridades israelenses disseram querer que os grupos sejam desfeitos e sugeriram que até o fato de os grupos continuarem a construir foguetes pode ser visto como violação do cessar-fogo.

As informações são da Agência Reuters.

 

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