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 | 03/02/2005 12h50min

Israel e palestinos buscarão em cúpula fim de ações violentas

Condoleezza Rice deve se reunir com Sharon e Abbas

Israel e os palestinos disseram, nesta quinta, dia 3, ter esperanças de declarar formalmente, na próxima semana em uma cúpula a ser realizada no Egito, a suspensão das ações violentas na região, marcando a retomada de negociações de paz paralisadas há mais de quatro anos. A nova cúpula foi convocada antes de o presidente dos EUA, George W. Bush, ter prometido US$ 350 milhões em ajuda aos palestinos para melhorar seu aparato de segurança e incentivar sua economia. Bush também afirmou que a meta de criar um Estado palestino está "ao alcance".

Em uma manobra que deve ser crucial para o sucesso da cúpula, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, e ministros do governo dele reuniram-se para avaliar uma retirada parcial da Cisjordânia, a libertação de alguns prisioneiros palestinos e a suspensão das operações contra militantes procurados.

– Espero que haja uma declaração oficial de armistício, uma declaração sobre a suspensão de todos os atos de violência – afirmou o primeiro-ministro-adjunto Shimon Peres, a respeito da cúpula marcada para acontecer em Sharm el-Sheikh (Egito).

Para Saeb Erekat, ministro palestino, o sucesso da cúpula dependeria do anúncio "da cessação mútua dos atos de violência". As negociações, das quais participarão o presidente egípcio, Hosni Mubarak, Sharon, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o rei Abdullah, da Jordânia, devem dar mais força a um cessar-fogo de fato selado na região recentemente. A cúpula deve marcar também a retomada do processo de paz conhecido como "mapa do caminho", patrocinado pelos EUA. Sharon e Abbas reuniram-se pela última vez em junho de 2003. Abbas era premiê de Yasser Arafat   época.                                 

O dirigente de Israel afirmou que discutirá com seus ministros a possibilidade de retirar suas forças de cinco cidades da Cisjordânia cercadas e frequentemente atacadas desde o início do atual levante palestino pró-independência, em 2000. Membros do governo disseram que a libertação de até 500 prisioneiros e a anistia para militantes que entreguem suas armas também seriam discutidas pelos israelenses. 

– Temos mais de 10 mil prisioneiros. Vamos mantê-los presos para sempre? – perguntou Peres.                            

Na próxima semana, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, deve se reunir, em separado, com Sharon e Abbas.

As informações são da agência Reuters.


 

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