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 | 08/01/2005 15h26min

Israel ameaça palestinos na véspera da eleição

Sete candidatos disputam a Presidência da Autoridade Palestina

Um ataque palestino na Cisjordânia levou Israel, neste sábado, dia 8, a ameaçar voltar atrás na promessa de limitar suas operações militares durante as eleições que vão escolher o sucessor de Yasser Arafat, na Autoridade Palestina.

– Nós prometemos reduzir a pressão por 72 horas, e as forças de segurança palestinas se responsabilizariam pelas áreas mais relevantes – disse uma autoridade de segurança de Israel.

– Se eles falham em cumprir o acordo, não teremos outra escolha a não ser agir – completou, um dia depois de um atirador palestino matar um militar em traje civil na Cisjordânia.

A Rádio de Israel disse que um assessor do premiê do país, Ariel Sharon, pediu ao ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, monitor internacional das eleições palestinas deste domingo, que transmita o alerta ao líder palestino Mahmoud Abbas, favorito no pleito.

Abbas fez um apelo para que os militantes palestinos terminem com a violência. A revolta já dura quatro anos. As Brigadas de Mártires de al-Aqsa, uma milícia ligada à facção Fatah, de Abbas, assumiu a responsabilidade pela emboscada que matou o militar israelense.

– Nós deixamos claros para os que estão aqui monitorando as eleições que esse tipo de ação não pode continuar. Não vamos tolerar ataques terroristas contra nossos cidadãos – disse a autoridade de segurança de Israel.

Na Faixa de Gaza, soldados israelenses mataram a tiros um palestino de 60 anos, que estava em um carro perto de um posto do exército e de um assentamento judaico, segundo médicos no local. Israel diz que abriu fogo contra um atirador que se aproximou de uma posição militar.

Enquanto os meios de comunicação e autoridades palestinas apelam para que a população vote na primeira eleição presidencial nos territórios ocupados desde 1996, não há sinais de que Israel esteja afrouxando o cerco militar em volta das cidades da Cisjordânia.

– Os palestinos e os seus carros estão sendo revistados em postos de controle nas estradas. Isso não é o que eu chamaria de relaxar as restrições", afirmou Saeb Erekat, integrante do gabinete palestino.

Fontes militares israelenses têm dito que o controle nas estradas vai continuar, mas que o exército não pretende realizar operações contra militantes um dia antes, no dia e um dia depois das eleições.

– Eu faço um apelo a todos os palestinos que votem em massa no domingo e mandem uma mensagem forte para o mundo de que o problema aqui é a ocupação de Israel, e não democracia – disse Erekat à Reuters.

Sete candidatos concorrem ao posto de presidente da Autoridade Palestina. Observardores de mais de 60 países acompanharão o pleito. A morte de Arafat, em novembro, aumentou as esperanças de que as negociações de paz sejam retomadas na região. Israel e os Estados Unidos diziam que o líder morto estimulava a violência, acusação que ele sempre negou.

As informações são da agência Reuters.

 

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