Os acidentes de trânsito em Santa Catarina deixarão de integrar frios relatórios estatísticos. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) formou um Grupo de Estudos de Causas de Acidentes de Trânsito (Gecat), que terá a função de descobrir quais as reais causas das colisões e direcionar melhor o policiamento para evitar tragédias e preservar vidas. Segundo o inspetor Pedro Gomes, superintendente substituto e chefe do policiamento da PRF/SC, haverá 16 patrulheiros espalhados pelas oito delegacias regionais da cidade, que serão responsáveis pelo estudo. Dentre as atribuições está a de verificar as condições das estradas que cortam o Estado. Em caso de acidente grave, os policiais serão encarregados de promover uma detalhada investigação sobre o que o teria provocado e, posteriormente, sugerir formas de eliminar o problema. Eles se encontrarão a cada dois meses para analisar os resultados. A iniciativa surgiu em função do grande número de mortes registradas durante as operações Natal e Ano Novo, períodos em que Santa Catarina bateu o recorde nacional de mortes. Para se ter idéia, no feriadão de Natal de 1999, oito pessoas morreram e, em 2000, o número de vítimas saltou para 16. O percentual foi semelhante durante o Réveillon. Em 2000 foram 11 mortos, e neste ano, 16. Mas, lembrou o inspetor, a adoção de algumas medidas serviram para reduzir em 26,97% as mortes no primeiro semestre de 2001 em comparação ao mesmo período de 2000. Os policiais avaliaram quais os pontos, os horários em que mais ocorriam as batidas e mantiveram viaturas nestes locais para orientação aos motoristas. – Somente a aplicação de multas não contribui para diminuir os acidentes – destacou o inspetor.