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 | 16/05/2001 22h02min

ACM e Arruda criticam recomendação de cassação

Um dia depois de ter admitido a possibilidade de ter seu mandato cassado, nesta quarta-feira, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) voltou atrás e disse não acreditar na cassação, recomendada pelo relatório (veja a íntegra/Agência Senado) do senador Saturnino Braga (PSB-RJ). ACM classificou o parecer sobre o episódio de violação do painel de votações do Senado de "faccioso e eivado de falhas". Na opinião do senador baiano, o relator exorbitou em suas análises, apontando a punição máxima – a cassação – numa fase ainda de investigação. ACM ressaltou que Saturnino foi contraditório, pois, ao mesmo tento que recomendou a sanção, disse em seu discurso que "a verdade ainda está para ser desvendada". Outra incoerência, segundo o ex-presidente do Senado, pode ser observada ao se analisar os elogios de Saturnino aos memoriais de defesa apresentados pelos dois senadores. Nos próximos dias, ACM reunirá esforços para a preparação do voto que o senador Paulo Souto (PFL-BA) apresentará separadamente ao conselho, no dia 23, contestar o relatório de Saturnino. Enquanto a base política e a argumentação jurídica desse "relatório alternativo" vão sendo montadas, ACM e os aliados estarão em busca de votos para aprová-lo. Segundo parlamentares ligados ao senador baiano, se não houver garantia da aprovação da proposta de Souto – que deverá sugerir a perda temporária do mandato por três ou quatro meses e não a cassação – ACM deverá optar pela renúncia. Essa seria a única alternativa de o ex-presidente do Senado não perder os direitos políticos. A eventual aprovação do relatório de Saturnino no dia 23 será um forte indício de que ACM e o senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) não escapariam à cassação ao fim do processo, pelo plenário do Senado. Nesta quarta-feira, Arruda se disse "desagradavelmente surpreendido" com a decisão do relator do Conselho de Ética. Na opinião dele, Saturnino sofreu pressões políticas para pedir a pena máxima. Comentário de Rosane de Oliveira, editora de Política de ZH

 

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