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Presidente da Contag diz que acesso à terra não garante fim de conflitos

Dirigente critica falta de planejamento entre governos federal e estadual

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Manoel José dos Santos, disse nesta quinta-feira, dia 15, que o acesso à terra, por si só, será insuficiente para garantir o fim dos conflitos no campo.

– Fazendeiros e grandes proprietários se articulam e quem sofre as conseqüências são os trabalhadores. É preciso que a autoridade pública cumpra seu papel – afirmou durante audiência na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga questões fundiárias no país.

Ao comentar os conflitos que estão ocorrendo em Pernambuco por disputa de terra, Santos afirmou que a crise é provocada pela falta de um planejamento articulado entre os governos federal e estadual que se antecipe aos assentamentos. Santos cobrou uma atuação mais efetiva do Judiciário e questionou se o “caos social” no Estado é provocado pelos trabalhadores que estão invadindo ou pelos proprietários que “estão assassinando trabalhadores”. O dirigente reclamou da Justiça que, segundo ele, tem levado apenas uma semana para conceder reintegração de posse.

O dirigente frisou que uma política de reforma agrária eficaz precisa garantir planejamento para tornar as propriedades produtivas, fornecer assistência técnica, crédito e políticas públicas complementares como a agroindustrialização.

Santos disse que o país hoje tem 4 milhões de estabelecimentos com agricultura familiar, responsáveis por 60% da produção de farinha, milho e feijão. Ele denunciou que, dos 400 milhões de hectares registrados no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), 15% não são cultivados, o que, de acordo com Santos, representa 100 milhões de hectares improdutivos.

As informações são da Agência Brasil.

 

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