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Delegado da PF defende unificação das investigações sobre Waldomiro

Cesar Nunes acredita que excesso de inquéritos pode beneficiar ex-assessor

O delegado da Polícia Federal Cesar Nunes, responsável pelas investigações das denúncias contra Waldomiro Diniz, reclamou do grande número de inquéritos abertos para investigar o caso. Segundo Nunes, o ideal seria unificar as investigações, já que as diversas frentes abertas podem munir o acusado de informações antes dos depoimentos.

– O elemento surpresa é muito importante nesse caso, ele pode ficar "gato escaldado'', já ir preparado para o depoimento – disse a jornalistas neste sábado.

Para o delegado, ''o meio pelo qual se apura crime no Brasil é o inquérito da Polícia Federal.

Pelo menos oito investigações estão correndo paralelas nos âmbitos estadual e federal – como a Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) na Assembléia do Estado do Rio de Janeiro, as investigações da Polícia Civil do Rio sobre desvio de verbas e falsidade ideológica, a CPI dos Bingos, entre outras.

O inquérito comandado pelo delegado foi decorrente das denúncias da revista Época sobre corrupção e aparente crime eleitoral envolvendo Diniz e o empresário Carlos Augusto Ramos, o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

– Se não for comprovado crime eleitoral o inquérito vai sair do Rio para Brasília e vamos investigar se ele praticou corrupção enquanto funcionário federal – explicou o delegado.

Segundo Nunes, todas as hipóteses do caso estão sendo investigadas, inclusive se Diniz recebia ordens superiores ou se agia por conta própria, o que poderá levar à convocação de autoridades para depoimento se for descoberta alguma relação. A polícia quer saber também a quem interessou a gravação das fitas que foram divulgadas pela revista com Diniz pedindo a Carlinhos Cachoeira dinheiro para campanhas políticas em 2002.

Não será possível cumprir o prazo legal de 30 dias para terminar o inquérito aberto no último dia 16, mas o delegado pretende ouvir o depoimento de Diniz na primeira semana de março. Antes disso, espera ter quabrados os sigilos bancários e fiscais pedidos na sexta-feira.

– Não tem sentido ouvir Waldomiro só com as informações que temos agora. Para quê? Para ele confirmar que era ele na fita? Não vou perguntar obviedades – declarou.

As informações são da agência Reuters.

 

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