O mercado de câmbio teve uma manhã de negócios bastante reduzidos, o que favoreceu uma leve pressão sobre o dólar. A moeda americana terminou a manhã desta quarta, dia 11, em alta de 0,30%, cotada a R$ 2,927 na compra e R$ 2,929 na venda. Com a liquidez reduzida, o Banco Central continuou ausente e não comprou recursos para recomposição de reservas.

A principal expectativa do dia é com o discurso do presidente do Federal Reserve, Alan Greenspan, no Congresso americano. A idéia é conseguir extrair da fala de Greenspan algum sinal sobre a possibilidade de aumento dos juros americanos. Em reunião há duas semanas, o Fed manteve os juros em 1%, mas acenou com uma possível elevação da taxa no médio prazo. Ativos brasileiros como ações e títulos da dívida reagiram mal à notícia, que indica maior competitividade dos ativos americanos frente aos emergentes.

Em meio à expectativa, os títulos brasileiros negociados no exterior caíram. O C-Bond era negociado por 96,25% do seu valor de face no final da manhã, com queda de 0,70%. O Global 40, bônus global de 40 anos, tem baixa de 0,69%, valendo 107,75% do seu preço. O risco-país, que acompanha o desempenho dos títulos brasileiros, subia 15 pontos, para 540 pontos-base.

A novidade no cenário interno é a desaceleração da inflação medida por dois importantes índices de inflação. O IPC-Fipe recuou para 0,46% e o IGP-M, para 0,08% na primeira prévia de fevereiro. A desaceleração das taxas foi bem recebida pelos investidores, mas não foi suficiente para reverter as apostas na manutenção da taxa Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na próxima semana para decidir sobre a taxa, hoje de 16,50% ao ano.

Com informações da Globo Online.