O dólar comercial termina a semana com leve alta de 0,06%, cotado a R$ 2,932 na compra e R$ 2,934 na venda. Os intensos boatos sobre a permanência do Henrique Meirelles no Banco Central causaram estragos no mercado na última quarta e até esta sexta, dia 6, geram efeitos colaterais nos negócios.

A sessão foi de intensa volatilidade e os preços oscilaram de acordo com o humor dos mercados de ações e de bônus da dívida externa.

– Durante o dia, o mercado foi vendo que as notícias sobre a economia americana, apesar do dado sobre postos de trabalho terem vindo abaixo do esperado, atenuam o risco de alta dos juros norte-americanos – disse Carlos Cintra, gerente de renda fixa do Banco Prosper.

O risco país, por exemplo, chegou a 570 pontos na máxima do dia mas caiu para menos de 540 pontos perto do final da sessão. O mesmo ocorreu com a Bovespa, que chegou a cair 2,34% na mínima da manhã e terminou a sexta em forte alta de 4,16%.

Analistas disseram que o dólar só não fechou em baixa porque parte do mercado está interessada em uma cotação mais elevada na próxima quarta-feira, quando o Banco Central resgata integralmente a dívida cambial de 1,136 bilhão de dólares formada por títulos e contratos de swap cambial.

– O pessoal não quer que o dólar caia muito – comentou o analista de mercado da Corretora Socopa, Paulo Shiguemi Fujisaki.

A base para a liquidação da dívida é a Ptax  – taxa média oficial do dólar – da véspera do vencimento. Quanto maior a taxa, melhor a remuneração em reais para os detentores da dívida. Segundo alguns operadores, o fluxo de recursos foi bastante favorável nesta sessão, principalmente na parte da tarde.

As informações são da agência Reuters.