O dólar comercial fechou os negócios nesta segunda, dia 2, cotado a R$ 2,9410 na compra e R$ 2,9430 na venda. A moeda norte-americana teve alta de 0,37%. A preocupação com o rumo dos juros domésticos e nos Estados Unidos continuou forte, além da divulgação de relatórios pessimistas sobre mercados emergentes.

No entanto, com fluxo positivo de recursos e o primeiro dia em que o Banco Central não comprou divisas no mercado desde que iniciou o processo de recomposição das reservas internacionais – no dia 8 de janeiro –, a moeda norte-americana acabou desacelerando movimento de alta no fim do dia.

Na máxima da sessão, ainda pela manhã, a divisa chegou a subir 0,89% e foi negociada a R$ 2,958 na ponta de venda.

– Hoje foi um dia bem volátil no câmbio, mas o que se percebeu desde o início é que havia uma tendência de queda. O pessoal ficou segurando na espera do Banco Central. Como ele não apareceu, à tarde o dólar acabou voltando um pouco – resumiu Luiz Antonio Abdo, assessor de câmbio da Pioneer Corretora.

Ele explicou ainda que o cenário de nervosismo nos mercados brasileiros ajudou a pressionar o dólar. Nesta manhã, a agência de classificação de risco Standard & Poor's divulgou nota informando que a América Latina seria a mais afetada por rebaixamentos em 2004.

A notícia ajudou a derrubar ainda mais os títulos brasileiros negociados no mercado internacional, que já operavam em queda. O bônus Global 40, um dos mais líquidos, caía mais de 2% nesta tarde. Por sua vez, o prêmio de risco Brasil, medido pelo Banco JP Morgan, subia 38 pontos-básicos para 531 pontos-básicos acima dos títulos norte-americanos.

As informações são da agência Reuters.