O dólar comercial abriu a semana em alta de 0,28%, cotado a R$ 2,839 na compra e R$ 2,849 na venda. O mercado financeiro chega à última semana de janeiro em clima de tranqüilidade, embora um pouco frustrado com a manutenção dos juros básicos da economia. Nos próximos dias, os investidores vão acompanhar a divulgação de índices de inflação e a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Um dos fatos marcantes de janeiro foi a decisão do Banco Central de promover leilões de compra de dólares no mercado à vista. A justificativa é a necessidade de recomposição de reservas cambiais, mas o mercado tem certeza de que o BC tem buscado evitar que o dólar se desvalorize a ponto de prejudicar o bom desempenho das exportações. Desde o dia 8 foram 19 leilões. Ainda assim, o dólar acumula queda de 2,10% em janeiro.

A desvalorização do dólar é resultado da entrada de recursos externos ao país. As exportações continuam a exibir bons resultados e as captações externas das empresas vão de vento em popa. O bom humor do mercado levou o C-Bond a atingir seu valor integral pela primeira vez na história. Com isso, cresceram os rumores de que o Banco Central poderá resgatar os títulos, conforme prevêem as regras de emissão do título.

Antes de decidir sobre o C-Bond, o governo aproveitou para captar recursos no mercado internacional. Foram captados US$ 1,5 bilhão, pelo prazo de 30 anos, com demanda superior a US$ 8 bilhões.

Com informações da Globo Online.