O dólar fechou registrando uma leve alta de 0,17% nesta quarta, dia 21, cotado a R$ 2,842 para a compra e R$ 2,844 para a venda. A sessão foi marcada por baixa volatilidade e número reduzido de negócios. Apesar da ligeira alta desta quarta, o dólar encerrou pela terceira sessão consecutiva vendido ao redor dos R$ 2,84. A divisa continua oscilando numa faixa estreita, dividida entre os ingressos de recursos externos e os leilões de compra do Banco Central.

O analista de mercado da Corretora Souza Barros, Hideaki Iha, explicou que, com as recentes emissões privadas no Exterior e a continuidade das exportações, há muitos dólares para vender.

– Mas o mercado está se guiando pelas atuações do BC. Como o mercado está dependente dele, já que o BC é o único comprador, o pessoal fica esperando, os negócios começam mais tarde e ninguém quer mais vender abaixo do que foi vendido em leilão no dia anterior – afirmou Iha.

Nesta quarta, os primeiros negócios no câmbio só surgiram cerca de 50 minutos após o horário normal. A autoridade monetária fez apenas um leilão por volta do meio-dia.

Em média, o dólar tem oscilado um centavo ao dia entre as cotações máxima e mínima. Iha lembrou ainda que nem mesmo a decisão do Banco Central de não rolar os US$ 2,521 bilhões de em contratos de swap cambial que vencem no próximo dia 2 mexeu com o mercado. Este é o quarto resgate integral de dívida pública atrelada ao câmbio em 2004, o que eleva para quase US$ 6 bilhões o total de dívida atrelada ao dólar resgatada no ano.

O mercado também viveu nesta sessão a expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre o rumo do juro básico – atualmente em 16,5% ao ano – para os próximos 30 dias. A espera ajudou a reduzir o volume de negócios. O Banco Central anuncia a decisão após as 18h. A aposta mais corrente no mercado é de um corte de meio ponto percentual.

No acumulado do ano, a moeda norte-americana já apresenta uma desvalorização de 2,03%, enquanto o real mostra um acréscimo de 2,07% no seu valor. Com informações da agência Reuters.