Representantes do sul de Santa Catarina farão pressão a favor da duplicação da BR-101 no encontro desta segunda, dia 19, com o ministro dos Transportes, Anderson Adauto.

A reunião será às 20h, no Centro Administrativo do Estado, em Florianópolis. Uma comissão de empresários e lideranças sul-catarinenses levará os questionamentos ao ministro, enquanto uma ação na Justiça é preparada.

O presidente da Comissão Pró-Duplicação, Ronério Cardoso Manoel, representa empresários e lideranças da região de Tubarão e fará as perguntas ao ministro.

Entre as dúvidas está a possível intenção do governo federal em incluir a duplicação da BR-101 entre as Parcerias Público Privadas. A nova forma de viabilizar a obra pode alterar o projeto, incluindo a possibilidade de cobrança de pedágio pela empresa que duplicar a rodovia.

Em outra frente de trabalho, o procurador da República de Tubarão, Celso Antônio Três, prepara a ação contra a União na tentativa de forçar a obra por via judicial.

No processo, são pedidas indenizações para todas as pessoas mutiladas e para as famílias de pessoas mortas na rodovia. A ação visa pressionar para que sejam reabertos emergencialmente os postos de pesagem e para que haja o aumento do efetivo policial.

Posteriormente, a ação obrigará a União a cumprir com os investimentos destacados em orçamentos para a duplicação, de acordo com o procurador. A ação será impetrada ainda este mês, de acordo com Três.

O presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Edilando de Moraes, não estará presente no encontro com o ministro Anderson Adauto.

– Já conversei com o presidente da Câmara de Vereadores, Clóvis Marcelino, e não vamos mais a reuniões com o ministro – justifica o dirigente, que tem procurado acompanhar os desdobramentos do processo da duplicação da BR-101 através do deputado federal Jorge Boeira (PT).

– Não vou perder mais tempo, pois no ano passado participei de seis reuniões e nada aconteceu.

O dirigente acredita que as lideranças do sul do Estado devem apostar em outros tipos de ação, como a colocação de placas publicitárias às margens da rodovia que ressaltem a violência provocada pelo trecho não-duplicado e conscientizem os motoristas.

Com informações do Diário Catarinense.