O ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, disse nesta quarta-feira que o governo estuda a ampliação do percentual do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que poderá ser usado na compra de ações de empresas a serem privatizadas. Segundo o ministro, a porção do saldo a ser usada na privatização de Furnas Centrais Elétricas, a próxima no calendário de desestatização, poderá ser até 10 pontos percentuais acima da permitida na compra de papéis da Petrobras, em agosto de 2000. No caso da Petrobras, era possível usar até 50% do saldo do FGTS. Na reunião de desta quinta do Conselho Nacional de Desestatização, deve ser discutida a possibilidade de ampliar o uso do FGTS para compra das ações para até 60%. Também será estipulado o cronograma de privatização de Furnas. O mercado estima que o preço da estatal fique entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. A expectativa do governo é vender a empresa até o final do segundo trimestre do ano que vem.