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 | 14/10/2003 08h50min

Atingidos por Barragens invadem usina de Quebra-Queixo

Os integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) invadiram a Usina Hidrelética de Quebra-Queixo, na divisa entre Ipuaçu e São Domingos na segunda, dia 13. Um grupo com 300 pessoas entrou no canteiro de obras às 11h.

O grupo não encontrou muita resistência e acampou próximo à casa de força da hidrelétrica. Dois funcionários permaneceram no local, para manutenção e operação dos equipamentos.

De acordo com as lideranças do MAB, ambos poderiam sair, mas não seria permitida a substituição deles. Houve tentativa de troca de equipe, mas impedida pelo MAB.

A Polícia Militar foi até o local para tentar negociar a entrada de novos funcionários, em vão. No entanto, a alimentação foi levada até a casa de força. Um dos operadores, José Pedro Pereira da Silva, disse que não poderia abandonar o local em virtude do monitoramento necessário para garantir a segurança dos equipamentos.

O MAB reclama da morosidade tanto da justiça, quanto da empresa, em cumprir os acordos estabelecidos para a desocupação do canteiro na manifestação ocorrida em julho.

A advogada do Consórcio Energético Chapecó, empresa responsável pelo empreendimento, Maria de Andrade Curtinhas, disse que a empresa está cumprindo o que foi acordado em duas audiências públicas no Fórum de Abelardo Luz, em julho.

Ela informou que os peritos foram nomeados pela Justiça e a empresa pagou R$ 30 mil a eles, o que corresponde à metade do valor previsto para o serviço em 200 propriedades. O levantamento pericial iniciou no final de agosto com previsão de conclusão de três meses.

A advogada afirmou que a empresa se comprometeu a ressarcir os danos que forem comprovados pela perícia. Isso inclui uma revisão nas famílias a serem indenizadas. No entanto, ela considera risível a solicitação de compensação financeira para professores e não reconhece indenizações para famílias que não foram atingidas pela área do lago.

A advogada disse ainda que a empresa tem a licença de operação da Fatma e da linha de transmissão até Pinhalzinho. A obra está concluída e a geração, com capacidade suficiente para abastecer 600 mil habitantes, deve iniciar até o final do ano.

O consórcio entrou com um pedido de reintegração de posse pois considera um risco a situação da casa de força, que se não tiver a manutenção pode ser inundada. A juíza da comarca de Abelardo Luz, Karen Francis Schubert, disse que o pedido de reintegração será julgado nesta terça, dia 14.

As informações são do Diário Catarinense.

 

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