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MAB desocupa obras da usina de Campos Novos

Depois de quase 12 horas, os cerca de 150 integrantes do Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB) desocuparam no fim da tarde desta terça, dia 29, as obras da Usina Hidrelétrica de Campos Novos, que está em construção no meio-oeste catarinense.

A decisão foi tomada depois que a liderança do movimento foi informada que representantes do MAB em Brasília estava levando as reivindicações ao Ministério de Minas e Energia.

O grupo reivindicava o valor de R$ 600 mil para atender 150 proprietários que foram excluídos do programa de indenização da Enercam. Pelo programa, são 495 família beneficiadas em Campos Novos, Abdon Batista, Anita Garibaldi e Celso Ramos.

O líder do movimento, André Sartori, afirmou que esses 150 agricultores terão as propriedades parcialmente atingidas pela inundação da barragem e, portanto, também precisariam de apoio para a produção.

Além dessa exigência, eles buscavam negociar os valores cotados na compra das áreas de terra, cotados abaixo do mercado na opinião de Sartori.

O grupo invadiu o terreno durante madrugada, no dia em que a diretoria da empresa Campos Novos Energia (Enercam), responsável pela hidrelétrica, negociava junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a liberação de R$ 600 milhões para acelerar a conclusão da obra, cuja finalização está prevista para março de 2006.

Logo nas primeiras horas da manhã os manifestantes montaram sete barracas de lona no terreno no escritório central da construtora Camargo Corrêa. Os 1,3 mil funcionários da empresa foram orientados a não trabalhar. Eles permaneceram no local aguardando o desfecho das negociações entre o MAB e a Enercam.

Um contingente de onze policiais do Grupo de Resposta Tática da Polícia Militar foi chamado para manter a ordem. A manifestação foi pacífica. Por volta das 14h oficiais de Justiça leram o mandado de reintegração de posse da área invadida, mas o grupo só se retirou do local no fim da tarde.

O diretor adjunto de Meio Ambiente da Campos Novos Energia (Enercam), Ramon Ruetiger, revelou que até o final do ano os 495 proprietários catalogados pela empresa serão indenizados.

Até o momento, 40 foram beneficiados com a carta de crédito e 140 tiveram a terra comprada pela Enercam. O engenheiro disse que os R$ 600 mil exigidos pelo Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB) servirão para atender 700 proprietários que serão atingidos direta e indiretamente pela usina.

Com informações do Diário Catarinense.

 

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