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 | 24/01/2001 18h20min

Celesc vira holding para investir em geração e quitar dívidas

Aneel exige a cisão de áreas de operação da estatal

O presidente da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), Francisco Küster, anunciou nesta quarta-feira a transformação da estatal em holding que abre caminho para investimentos em geração de energia. A mudança permite a venda das ações que a Celesc detém da Companhia de Águas e Saneamento (Casan). O dinheiro da venda das ações, avaliadas em R$ 110 milhões, será usado para parte da dívida já vencida da estatal de energia. A mudança na gestão da empresa deve ocorrer em fevereiro, quando os deputados estaduais devem liberar a transferência do capital acionário da Casan. O restante das dívidas, R$ 165 milhões, devem ser renegociadas e pagas com o ganho da aplicação em geração em parceria com a iniciativa privada. A definição foi ontem, numa reunião na própria Celesc, considerada histórica pelo governador Esperidião Amin, que contou com a presença da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), coordenadora do Conselho de Administração, que reúne também os empregados. Küster admitiu que a iniciativa privada pode ser detentora da maioria dos investimentos na subsidiária. Esse setor será controlado pela Empresa Catarinense de Geração de Energia. Os recursos para investir no setor virão do setor privado. O formato da Celesc Holding será apresentado no dia 1º de fevereiro. Deverão ser três subsidiárias: Celesc Telecom (telecomunicações – para utilizar a infra-estrutura de transmissão de energia e postes), a Celesc Distribuidora (comercializar a energia) e a Celesc Geradora (subsidiária temporária para administrar os atuais sistemas de geração de energia). No encontro nesta quarta-feira, Amin declarou que vai negociar pessoalmente com os deputados a aprovação urgente da venda das ações. Küster adiantou que o novo modelo de gerenciamento pode trazer um Plano de Demissão Incentivada (PDI). As ações das usinas geradoras de energia, como a Dona Francisca, no Rio Grande do Sul, não serão vendidas. A divisão da Celesc em empresas é uma exigência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desde o ano passado. A Aneel decide até o dia 17 de fevereiro se vai multa ou cancela a concessão da estatal caso a cisão não seja deflagrada

 

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