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 | 21/07/2003 18h46min

Ruralistas montam acampamento para monitorar sem-terra em São Sepé

Agricultores devem ficar às margens da BR-392 até terça, quando retomam caminhada

Os ruralistas montaram na tarde desta segunda, dia 21, um acampamento numa propriedade a 300 metros da área onde está a marcha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na Vila Block, às margens da BR-392, em São Sepé. O objetivo é monitorar a caminhada dos sem-terra, retomada nesta segunda após desbloqueio da rodovia pelos fazendeiros no fim de semana. O efetivo da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária Federal permanece reforçado para impedir provocações e invasões.

Os agricultores do MST deixaram na manhã desta segunda o Viaduto da Várzea do Passo Verde, em São Sepé, e chegaram no início da tarde à Vila Block. Eles devem permanecer no local até a madrugada de terça, dia 22. A próxima parada da caminhada inicia na terça, em direção a uma propriedade cedida por simpatizante do movimento, também em São Sepé.

A marcha dos sem-terra foi retomada na última sexta, dia 18. Os colonos pretendiam deixar o município de São Sepé e prosseguir mais 18 quilômetros na manhã do último sábado, dia 19, em direção a São Gabriel, mas foram parados por um grupo de produtores rurais no Viaduto da Várzea do Passo Verde, na BR-392. O impasse seguiu até a madrugada desta segunda, e o fim do conflito, conquistado após a liberação da passagem pelos produtores rurais, ocorreu devido ao comprometimento de Brigada Militar de escoltar a marcha dos agricultores.

O secretário da Justiça e Segurança, José Otávio Germano, prometeu que os colonos serão cadastrados pela BM e que as crianças que seguem na caminhada devem ser retiradas. A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) irá observar a identificação. As informações são da Rádio Gaúcha.

Os sem-terra tentam pressionar autoridades pela desapropriação de 13 mil hectares de Alfredo Southall em São Gabriel. A desapropriação, determinada pelo governo federal, foi suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O caso está esperando um decisão da Justiça. Os ruralistas são contra o uso da fazenda na reforma agrária por que acreditam que as terra são produtivas.

 

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