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 | 06/07/2011 14h20min

Shakes para emagrecimento funcionam?

Segundo nutricionista, os shakes podem complementar a alimentação, mas nada substitui o famoso prato de arroz e feijão

Dietas que prometem a redução dos quilinhos extras em pouco tempo existem de monte por aí. Mas muita gente apela para a perda de peso rápida sem levar em conta os cuidados com a saúde. Com o boom das dietas famosas, os shakes também entraram na lista e disputam espaço no quesito “promessa de emagrecimento”. Mas qual é a funcionalidade deles? Vale a pena investir nos shakes para ficar em forma?

Segundo a nutricionista e professora do curso de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Gisele Pontaroli Raymundo, os shakes podem até ter nutrientes importantes, mas nada substituiu os bons hábitos de vida: alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. “Se você tinha um consumo diário de 2000 calorias e agora consome 1500, você vai emagrecer. Os shakes, por exemplo, têm menos calorias, mas não tem gordura, proteína nem fibras suficientes. A gente pode dizer que eles servem como complemento, mas sempre com orientação médica”, explica.

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A especialista defende a alimentação saudável como ponto inicial para quem quer emagrecer, e reprova as dietas radicais. “Trocar o arroz, o feijão, uma carne e uma salada por shake não é nada bom. Em termos nutricionais, uma refeição completa contém os nutrientes necessários para uma vida saudável. E quando você emagrece muito rapidamente, na verdade você está ficando menos inchada e desidratando seu organismo. O método dos shakes engana o organismo. O corpo não aguenta e recupera tudo o que perdeu rapidamente”, reforça.

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Mais uma dica para quem gosta de tomar shakes pelos diversos sabores apresentados: os shakes têm corantes, e isso pode prejudicar o fígado. “Aquele gostinho de chocolate ou morango na verdade são corantes, e de certa forma prejudica o fígado. Qualquer substância química adicionada nos alimentos sobrecarrega o fígado, que tem a função de filtrar tudo que chega até ele”, acrescenta.

Para as gestantes, a proibição é ainda maior: como a criança está em desenvolvimento, ela precisa de todos os nutrientes necessários, e isso quem fornece é a mãe. “Se a mulher tomar shake, por exemplo, pode faltar ferro, e ácido fólico (vitamina do complexo B presente no espinafre, vegetais de folhas verde-escuras, fígado, frutas cítricas e gema de ovo), e isso pode prejudicar a formação do feto”, finaliza.

Ou seja, nada substitui a equação alimentação saudável + exercícios = saúde. Por que não investir nela?

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Os shakes têm menos calorias, mas não contém os nutrientes necessários que o corpo necessita para o dia a dia
Foto:  Sxc, Divulgação


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