Nosso Mundo | 15/06/2011 07h10min
Nem tudo que vai para o lixo deveria ir. Muitas vezes, as partes descartadas de frutas, verduras e legumes são ricas em propriedades nutricionais.
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Isso vale não só para os in natura, mas para os industrializados. Sempre se pode evitar o desperdício de comida, como explica a nutricionista Dafna Kann, especialista em qualidade dos alimentos. Ela cita como exemplo as cascas de frutas, que costumam ser fonte de fibras, vitaminas e minerais.
— Entre elas, podemos aproveitar as da banana, as do mamão e as entrecascas da melancia e do melão — recomenda.
Outra notória reserva de vitaminas são os talos de vegetais, como a cenoura, o salsão, a salsinha e a beterraba. Já algumas sementes contribuem para a ingestão de fibras.
— As da abóbora, quando torradas e salgadas, tornam-se um delicioso tira-gosto, e as do mamão, quando torradas, podem ser consumidas com granola, aveia e cereais matinais — ensina a nutricionista.
— A folha da beterraba, por sua vez, pode ser preparada da mesma forma que a couve refogada. Os caules dos vegetais folhosos picados podem entrar em receitas de sopas, tortas de legumes e sucos. Ainda há a possibilidade de transformar as folhas e as cascas de ovos em farinhas — explica a também nutricionista Raquel Adjafre.
Para fazer durar mais
Para além do prato do brasileiro, o desperdício pode ocorrer no processo de conservação dos alimentos. Nesse sentido, congelador e freezer são os melhores amigos da dona de casa consciente.
— Podemos congelar todos os mantimentos, tanto antes de serem preparados, como depois de prontos — acrescenta Raquel.
Assim, prolonga-se a validade deles.
Na verdade, os cuidados devem começar tão logo os alimentos cheguem em casa. No momento de guardar, é preciso priorizar os produtos que necessitam de refrigeração, em seguida, os congelados e hortifrútis e, por último, os não perecíveis.
— Outro cuidado que devemos ter é colocar os com prazo de validade perto do vencimento na frente dos alimentos mais novos, o que evitará que eles estraguem — reforça Dafna.
Todos os in natura devem ser armazenados na parte inferior da geladeira, de preferência dentro das gavetas. Além disso, devem ser guardados dentro de sacos de plástico limpos.
— É recomendado lavá-los e higienizá-los apenas quando for consumir. Se lavados antes de guardar na geladeira, a durabilidade será menor — diz a especialista.
Para produtos que necessitem de refrigeração, deve-se observar as temperaturas ideais de armazenamento indicadas na embalagem.
O melhor jeito de guardar
Quando se trata de armazenamento, o plástico é o material mais usado, devido à sua praticidade.
— Os potes de plástico têm, normalmente, um bom vedamento, são leves e difíceis de quebrar. O ponto negativo é que alguns tipos acabam acumulando o odor e o sabor dos alimentos armazenados — esclarece a nutricionista Dafna Kann.
O vidro tem a vantagem de ser um produto ecologicamente mais correto, uma vez que é quase 100% reciclável.
— Além de manter melhor as características sensoriais dos alimentos armazenados, não acumula resíduos após ser lavado. As desvantagens do material são o peso e a facilidade de quebrar — completa Dafna.
Para esse intuito, caixas de papelão estão descartadas: ficam úmidas na geladeira e atraem pragas no seco. Vale lembrar que a umidade, o calor e a incidência de luz são capazes de alterar as características tanto dos alimentos quanto das embalagens.
— Independentemente do local e da temperatura, é importante manter todos os alimentos fechados e cobertos, deixando um espaço para circulação de ar entre eles, ou seja, nunca podemos deixar os alimentos amontoados — resume a nutricionista.
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