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Transportes  | 23/02/2011 12h53min

Hidrovia entre a zona sul e o centro de Porto Alegre: leitores apoiam, mas preço preocupa

Possibilidade da tarifa ter preço elevado foi principal crítica ao projeto

A possibilidade de interligação fluvial entre bairros da zona sul e o centro de Porto Alegre repercutiu de forma positiva entre os leitores de Zero Hora. A discussão sobre a utilização do transporte recebeu 85 participações.

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A maioria citou como benefícios trazidos por uma futura hidrovia a possibilidade de facilitar o deslocamento e desafogar o trânsito, além de ser um meio de incentivar o turismo na Capital. No entanto, o valor das tarifas é um ponto que preocupa os futuros usuários.

— É um meio prático e fácil de desafogar o trânsito. Não exige construção de novas avenidas, não entope as ruas com carros e ônibus, e utiliza de forma sábia o Guaíba como via de transporte. Essa ideia está caindo de madura, é só executar — afirmou o leitor Eduardo P.

A iniciativa foi comparada por muitos internautas a formas de transporte já existentes em outros países.

— Grandes cidades do mundo e até aqui no Brasil, como no Rio de Janeiro, se utiliza o transporte hidroviario. Interligar os municípios pelos rios seria a alternativa para diminuir a quantidade de carros e a superlotação dos ônibus — afirmou João Güttler.

— Em cidades como Sydney na Australia os ferryboats (barcos) integram o sistema de transporte da cidade mesclado entre barcos, trens e ônibus. Este modelo deveria ser adotado inclusive com viagens pelas cidades que beiram a Lagoa dos Patos, como ocorre também com o Buquebus, onde é possível ir de barco de Montevidéu a Buenos Aires — comparou o leitor Gustavo Faria .

Apesar da comparação com outras experiências de transporte hidroviário, as opiniões dos internautas refletem uma preocupação com o custo das passagens.

— Se a tarifa for equivalente à praticada pela Barcas S/A do Rio será viável para o passageiro, caso contrário, será um fracasso — ressaltou Rodrigo Dlugokenski .

— Tenho barco e sei do elevado consumo de combustível para se navegar poucos quilômetros. Um transporte desse nível, se não tiver milhares de passageiros não é rentável devido ao custo operacional de uma barca —  afirmou Antonio Carlos Paz.

Uma viagem experimental será realizada no fim de março pela empresa que vai operar o transporte fluvial entre a Capital e a cidade de Guaíba. A interligação fluvial entre os bairros de Ipanema, Belém Novo e Lami ao futuro terminal do Cais do Porto, no Centro, ainda não saiu do papel, mas está em estudo por uma comissão da prefeitura.

ZERO HORA
 

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