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 | 24/05/2009 14h10min

O que espera o Grêmio na Venezuela

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br



 Javier Ramirez é editor de esportes do jornal El Nacional, um dos maiores da Venezuela. Durante a semana, trocamos impressões sobre o jogo de quarta-feira entre Grêmio e Caracas, primeiro confronto do mata-mata que vale vaga entre os semifinalistas da Libertadores. Antes de transmitir, pela voz do colega Javier, como está o ambiente no reino de Hugo Chávez, faço um registro que me surpreendeu.

Sabe quem é um dos jogadores mais comentados do Grêmio por lá? Douglas Costa. Javier dava como bastante provável a entrada imediata do talentoso meia no futuro 4-4-2 do técnico Paulo Autuori. É compreensível.

Desde que foi listado por jornais britânicos como uma entre as 10 maiores promessas das Américas, o nome de Douglas correu o continente. A presença na seleção brasileira campeã sul-americana sub-20, em torneio realizado na própria Venezuela, ajuda a compreender a perplexidade de Javier acerca da reserva do garoto. Disse a ele que, por enquanto, Douglas segue no banco.

Mas vamos ao relato de Javier sobre como o Caracas está vivendo os dias que antecedem aos jogos que podem garantir a maior façanha da história do futebol venezuelano: chegar às semifinais da Libertadores. E eliminando um time brasileiro, fato inédito. Vamos a elas:

1) Na Venezuela, chavistas e antichavistas — o país inteiro, portanto — sabem que o favoritismo do Grêmio é forte como os poderes de seu presidente. No entanto, os torcedores estão entusiasmados pela classificação do Caracas às quartas de final da Libertadores e pelo título do torneio Clausura. Ontem, no primeiro jogo do confronto em ida e volta que apontará o campeão venezuelano da temporada 2008/2009, contra o Deportivo Itália, vencedor do Apertura, deu empate: 1 a 1. O Caracas jogou com os titulares. 

2) Mas como a torcida do Caracas, time de um país mais interessado em ciclismo e beisebol, pode se imaginar eliminando o Grêmio? A resposta está na lembrança das oitavas de final da Libertadores 2007, quando os "rojos" deram um susto no Santos de Wanderley Luxemburgo. No jogo de ida, no estádio Olímpico da UCV (Universidade Central Venezuelana), empate em 2 a 2. Ótimo resultado para o Santos, mas só em tese. Na Vila Belmiro, o Caracas saiu na frente com 2 a 0 e cedeu a virada por 3 a 2 na segunda etapa, provocando algumas arritmias nos santistas.

3) À parte o lado emocional dos "rojos", o editor de esportes do jornal El Nacional diz que o time vive o seu melhor momento na temporada. Está confiante e em paz com a torcida, que vai lotar a capacidade de 27 mil espectadores do estádio.

Mas tudo vai se resolver é no campo. Quarta-feira, em Caracas. E dia 3 de junho, em Porto Alegre.


Leia os textos anteriores da coluna No Ataque.

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