Os goleiros se destacaram no empate sem gols entre Flamengo e Avaí, no último sábado, no Rio de Janeiro, pela segunda rodada da Série A do Brasileirão. Em entrevista coletiva após a partida, o arqueiro do Leão, Eduardo Martini, disse que seria até injusto creditar o placar à má pontaria dos atacantes.

— Tanto eu quanto o Bruno (goleiro do Flamengo) fomos felizes, porque todas as coisas conspiram contra os goleiros atualmente: a qualidade dos atacantes, a bola que oscila muito... Então, nessa hora seria até injustiça dizer que o atacante é que não foi bem — frisou.

Para Martini, o fato de defender a camisa azurra no Maracanã fez aumentar a responsabilidade. Entretanto, ele garantiu que dirá aos netos que o futebol mostrado pelo Avaí não ficou devendo em nada para o Rubro-negro.

— O Maracanã tem um glamour diferente, um status. O coração acelera quando se entra. Quando eu estiver em casa, talvez bem gordinho, porque careca já estou, vou dizer para os meus netos que joguei no Maracanã contra uma grande equipe, que é o Flamengo, e jogamos de igual para igual.

Jorginho, da Seleção, acompanhou duelo

Auxiliar-técnico da Seleção Brasileira, Jorginho esteve no estádio para assistir ao jogo e acompanhar o trabalho de Bruno, mas também teria gostado da atuação de Martini. O arqueiro avaiano afirmou que é difícil uma vaga no time de Dunga, mas não descartou a possibilidade.

— Obviamente é muito difícil chegar à Seleção, mas hoje em dia o futebol é feito dentro de campo. Não é mais a camisa, e sim o atleta que a veste. Quem sabe um dia não posso chegar à Seleção Brasileira, por que não?

De olho no próximo confronto, o Avaí começa a preparação para ir atrás da primeira vitória na Primeira Divisão. O adversário do próximo domingo, às 18h30min, na Ressacada, será o Coritiba, que ainda não pontuou na competição. Eduardo Martini, porém, prega cautela:

— O time do Coritiba é um time muito aguerrido. Então teremos que tomar muitas precauções. É um time do Sul, que tem o estilo da forte marcação. Vamos precisar do apoio do torcedor, porque no Brasileirão não tem jogo fácil — finalizou.