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 | 26/04/2009 18h22min

Com golaço de Ronaldo, Corinthians bate Santos

Time de Mano Menezes fez 3 a 1, e só perderá o título paulista se for goleado no Pacaembu

O Corinthians, que já tinha a vantagem de jogar por dois empates para ser campeão paulista, ficou ainda mais perto do seu 26º título estadual após este domingo. Jogando na Vila Belmiro, venceu o Santos por 3 a 1, com uma atuação brilhante de Ronaldo. Os corintianos só não serão campeões se forem goleados na partida de volta, marcada para o próximo domingo, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. O Santos, para reverter a situação, precisará ganhar por três gols de diferença. As informações são do site Globoesporte.com.

Com a bola rolando, os dois times mostraram que apostariam no ataque. Pelo Santos: Madson, Neymar e Kléber Pereira; pelo Corinthians: Morais, Jorge Henrique e Ronaldo. E o visitante começou mais eficiente. Enquanto Kléber Pereira perdia gols e ficava impedido, Jorge Henrique corria o campo todo ajudando até a recompor a defesa.

Aos 10 minutos, a rede da Vila balançou pela primeira vez. Pará derrubou Morais perto da entrada da área, cometeu falta e recebeu o terceiro cartão amarelo. Na hora da cobrança, os três especialistas do Corinthians se posicionaram para bater e confundir a defesa santista. Deu certo. Cristian ameaçou, André Santos correu por cima da bola e Chicão chutou. Fábio Costa nem foi no lance, caiu no chão e viu sair o gol corintiano.

O Santos sentiu o golpe. E quando ameaçava se recompor, tomou o segundo. Aos 24, na tentativa de aliviar o perigo, Chicão deu um bico — como ele mesmo confessaria depois — para a frente. A bola caiu no pé de quem conhece. Ronaldo dominou com classe e, mesmo com cinco santistas ao seu redor, tocou para o gol de Fábio Costa: 2 a 0.

O Santos demorou mais um pouco para reagir. Mas reagiu. E aí começou a bilhar a estrela de Felipe. No dia internacional do goleiro, o camisa 1 do Corinthians fez quatro defesas sensacionais só no primeiro tempo: saiu no pé de Kléber Pereira, pegou chute cara a cara com Neymar, desviou finalização de Triguinho com o pé e pegou uma bola de Fabão que entraria no cantinho. A cada defesa, vibrava como um gol.

No segundo tempo, Mano Menezes trocou Jorge Henrique por Fabinho e parecia querer garantir o placar. Já Vagner Mancini incendiou a sua equipe no vestiário. E o Santos voltou com tudo para cima do rival e Fabiano Eller quase marcou de cabeça. Pressionando e empurrado pela torcida, o Santos encurralou o adversário no seu campo. Quem assistia ao jogo seria possível até prever que o gol era questão de tempo. Demorou 15 minutos. Triguinho foi lançado na ponta-esquerda, olhou para a área e cruzou forte. Felipe, na tentativa de cortar, tocou contra o próprio gol.

A partir daí, só dava Santos. Felipe salvava, Neymar perdia, Chicão dava carrinho, Kléber Pereira errava o alvo, Madson arriscava, André Santos ajudava... A torcida, percebendo que só dava Santos, foi junto: empurrou, incentivou, só faltou entrar em campo para cabecear. Pelé, que passou boa parte do jogo quieto, agora gesticulava, conversava com pessoas no seu camarote.

E parecia que o destino queria que o Rei estivesse na Vila para ver o que o seu herdeiro faria. Neymar? Não. Ronaldo. O atacante recebeu passe de Elias e se viu sem condição de devolver a bola. Foi quando driblou Triguinho e, ao perceber Fábio Costa adiantado, deu um toque de gênio para encobrir o goleiro santista.

— O Ronaldo fez a diferença. O segundo gol foi digno de Copa do Mundo — rendeu-se Pelé.

O relógio mostrava 31 minutos. Pelé se levantou e foi embora. Daí até o fim, foi só festa dos corintianos.

 

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