Jogar na Bombonera, estádio do poderoso Boca Juniors, não tem sido uma tarefa fácil para nenhuma equipe brasileira. Nos últimos quatro anos, o próprio Inter já sentiu na pele a força da equipe argentina por duas oportunidades, quando foi derrotado por 4 a 2 e 4 a 1, em partidas válidas pela Sul-Americana.

Nesta quinta-feira, às 21h, as duas equipes têm confronto marcado pela mesma competição, diante da fanática torcida azul e amarela. E para superar todas essas dificuldades, qualquer dica sobre a equipe dirigida por Carlos Ischia pode ser importante. Através do espaço Leitor-espião, internautas de zerohora.com mandaram relatos e destacaram pontos fortes e vulnerabilidades da equipe de Buenos Aires.

Veja outros relatos de torcedores colorados

Segundo Fábio Maybom da Rocha, a zaga e o goleiro são muito seguros, mas o ponto forte da equipe é o meio-campo, comandado por Bataglia, Vargas, ex-Inter, e Riquelme, jogadores que ainda não estão confirmados para a partida. Para ele, a principal dificuldade da equipe está no ataque, que é muito jovem e sente falta dos experientes e perigosos Palácios e Palermo.

— O centroavante Figueroa é alto e toca bola rápido, mas se marcado de perto pela nossa zaga, vai dar certo. Então, acho que se nós jogarmos com a força máxima, dá pra levar a vaga para semifinal — afirmou.

Mas não é só a parte tática e técnica que foram analisadas pelos leitores. As artimanhas e características peculiares do Boca também foram percebidas e relatadas por eles. De acordo com Jaques Salles, que diz acompanhar jogos da equipe argentina com freqüência, os jogadores não se abalam quando levam um gol. Pelo contrário, quando isso acontece, eles aproveitam a empolgação do adversário, empatam o jogo logo em seguida e tomam conta da partida. Salles também pede atenção às cobranças de falta.

— Eles cobram as faltas muito rápido, antes da barreira ser formada, para pegar o outro time de surpresa. O Riquelme fica reclamando da barreira, aí quando os adversários começam a cansar daquilo e se descompactam, então ele bate — alertou.

Como precisa do resultado, já que o Inter venceu a primeira partida por 2 a 0, o Boca deve procurar o gol a todo o momento. Esse é o alerta feito por Vilson Freddi, que pede cuidado nos momentos iniciais do confronto.

— O Boca é um time guerreiro, parte para cima do adversário logo no início da partida. Cuidado, Inter. Eles vão jogar nos sufocando até a marcação do primeiro gol, só aí vão se retrair um pouco — acredita.

Mesmo sem a presença do artilheiro Palermo, especialista na bola aérea, os torcedores colorados mostram preocupação com os cabeceios na defesa do Inter. Para Thiago Krieger, até mesmo o goleiro do adversário se arrisca na área nos momentos de desespero:

— A minha dica é não deixar o goleiro do Boca cabecear na área do Inter, principalmente nos acréscimos do segundo tempo.