As próximas 72 horas serão de angústia para os colorados  e não será pelo Gre-Nal da — Copa Sul-Americana. Os europeus pretendem fazer uma investida forte para levar Nilmar e Alex antes da meia-noite da sexta-feira, quando fecha a janela de transferências para a Europa.

O destino do atacante deve ser o Zaragoza, da Espanha, que promete chegar amanhã com 14 milhões de euros (R$ 33 milhões ou US$ 20,6 milhões) na mala. O valor ultrapassa o que o Milan pagou por Pato: US$ 20 milhões. O Wolfsburg alemão estaria disposto a investir 8 milhões de euros em Alex.

O principal acionista do Zaragoza, Agapito Iglesias, investirá alto para montar o ataque com Nilmar e Ricardo Oliveira e ganhar a segunda divisão espanhola.

O Inter resistia em se desfazer do atacante. Mas como detém 30% dos direitos, deve ceder aos desejos do jogador (dono de 40%) e do investidor Delcyr Sonda (dono de 30%), que há 11 meses pagou US$ 3 milhões (R$ 4,8 milhões). O Inter desembolsou US$ 1 milhão (R$ 1,6 milhão) para ficar com 10% – havia ficado com 20% na venda para o Lyon, em 2004.

Quando voltou ao Beira-Rio, o atacante prometeu ficar, pelo menos, até julho de 2008.

— É o negócio mais demorado do qual participei. Recebemos mais oito propostas pelo Nilmar, mas nenhuma chegou perto à do Zaragoza — disse o empresário Orlando da Hora.

O jogador também está disposto a morar na Espanha, mesmo que seja na segunda divisão. Representantes do clube fazem contatos telefônicos diários. Além disso, ele pretende aproveitar o bom momento depois de duas lesões seguidas. A pessoas próximas, lembra que em 2009 completa 25 anos e acredita ser este o melhor momento de fazer nova tentativa na Europa. A negociação é apontada nos bastidores do clube como a razão para tantos gols perdidos.

A iminente saída de Nilmar talvez fosse a razão do ar grave do presidente Vitorio Piffero na conversa com Tite ontem à tarde, no Beira-Rio.

— Queremos contar com o Nilmar até dezembro, ao menos. Mas o assédio é forte. Por 12 milhões de euros, não venderemos e ainda compraremos mais 20% (por R$ 5,6 milhões) dos direitos econômicos, conforme está em contrato — disse Piffero.