Presidente da Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Internacional (COI), o namíbio Frank Fredericks defendeu o velocista jamaicano Usain Bolt das críticas sofridas após sua vitória na final dos 100 metros rasos nos Jogos de Pequim.

Na ocasião, Bolt estabeleceu o novo recorde mundial com a marca de 9s69, mesmo tendo cruzado a linha de chegada de forma displicente. Ele foi acusado de desrespeitar seus adversários ao perceber que ninguém mais conseguiria tirar seu ouro.

— Um atleta que faz 9s69 não tem que ouvir alguém dizer como precisa reagir. É um momento único, pelo qual (Bolt) se sacrificou e treinou durante muito tempo. Além disso ele fez história — disse o ex-atleta africano, ganhador de quatro medalhas olímpicas no atletismo, embora nenhuma tenha sido de ouro.

O namíbio fez os comentários em uma conferência no centro internacional de imprensa dos Jogos de Pequim, quando questionado sobre as declarações feitas sobre o novo bicampeão olímpico jamaicano pelo presidente do COI, Jacques Rogge.

— (Bolt) precisa amadurecer. É jovem, mas deveria mostrar mais respeito com seus adversários. Essa postura estaria mais de acordo com o espírito do ideal olímpico. Ele deveria estender a mão para os rivais após cruzar a linha de chegada — havia afirmado ontem o presidente do COI em encontro com jornalistas estrangeiros.