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 | 18/08/2008 13h36min

Pedido de anulação da final do salto com vara é negado

Sumiço da vara da brasileira Fabiana Murer motivou protesto do COB junto à FIA

A Federação Internacional de Atletismo rejeitou nesta segunda o pedido de anulação da prova de salto com vara feminino, feito pela Missão brasileira nos Jogos Olímpicos Pequim 2008 logo após o encerramento da prova, vencida pela russa Yelena Isimbayeva com a marca de 5,05m, novo recorde olímpico e mundial.

O protesto teve como base o sumiço de uma das dez varas da saltadora Fabiana Murer. Ela já havia saltado 4,45m e, pouco antes de partir para os 4,55m notou a falta do equipamento adequado para este salto. Diante do problema, Fabiane decidiu partir direto para os 4,65m. Porém, abalada psicologicamente, a saltadora brasileira não obteve êxito nas três tentativas, sendo eliminada da competição.

O protesto foi assinado pelo Chefe de Equipe de Atletismo, Martinho Nobre, e encaminhado ao júri de apelação da competição, integrado por cinco membros da IAAF. Nesta segunda-feira, o júri tinha entre os membros o brasileiro Roberto Gesta de Melo, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, que se absteve de participar da decisão por estar diretamente envolvido com o caso. A IAAF considerou que ao tentar saltar 4,55m Fabiane validou sua participação na prova.

Sumiço da vara ficou sem explicação

A noite começou tranqüila para Fabiana Murer, que resolveu não saltar a marca de 4,30m para não se desgastar. Conseguiu superar os 4,45m na primeira tentativa e se concentrou para o próximo salto, de 4,55m. Foi aí que percebeu que o seu equipamento tinha sumido.

Fabiana utiliza cinco ou seis varas por competição, cada uma adequada para uma altura. Na fase preliminar, no sábado, dia 16, a atleta saltou 4,50m e se classificou para a final sem a necessidade de usar o equipamento para os 4,55m. Diante do impasse, o técnico Elson Miranda de Souza sugeriu que Fabiana esquecesse o 4,55m e tentasse direto a marca de 4,65m.

– O nervosismo que passei naquela hora atrapalhou. Tentei voltar para a prova, me concentrar, mas foi difícil. Estava super bem antes disso tudo acontecer. Nunca vamos saber o que poderia ter acontecido nessa noite – lamentou Fabiana.

Até o momento em que deixou o Estádio Nacional de Pequim (Ninho de Pássaro) a comitiva brasileira não havia recebido do BOCOG, responsável pela guarda dos tubos com as varas dos atletas, uma explicação sobre o sumiço do equipamento da atleta brasileira.

COM INFORMAÇÕES DO COB
 

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