Avaí e Figueirense reeditam neste domingo, dia 26, às 19h, o clássico de Florianópolis, o mais tradicional do futebol catarinense, com quase 80 anos de uma história recheada de rivalidade. Desta vez, com um tempero a mais para atrair as torcidas azurra e alvinegra ao Estádio da Ressacada: o jejum de dois anos e 10 meses do Leão sem vitória sobre o Furacão. A última vitória do Avaí foi no dia 9 de abril de 2000.

Para encerrar o tabu, o time da casa conta com um aliado de última hora, que pode ser valioso por vários aspectos. O meia Marcelinho, que defendeu o Figueira nos últimos dois anos, foi contratado nesta semana pelo Avaí e deve estrear justamente contra sua ex-equipe. Além de conhecer bem o adversário, Marcelinho tem a seu favor o retrospecto de nunca ter perdido um clássico – seu currículo no confronto tem seis vitórias, quatro empates e três gols marcados.

Para Marcelinho entrar em campo – e o técnico Adilson Batista têm dado indícios de que isto deve ocorrer – a equipe deve alterar o esquema 3-5-2, usado contra o Criciúma, para o 4-4-2. Assim, é provável que o zagueiro Marcelo Miguel fique no banco de reservas. Marcelinho atuaria na armação ao lado de Reinaldo. O volante Edmílson está suspenso pela expulsão na estréia. Anderson, que voltou da disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior, entra em seu lugar.

No Figueirense, o personagem é Márcio Goiano, que completa seu 100º jogo com a camisa alvinegra. É o terceiro atleta do grupo em número de partidas disputadas, atrás apenas do também zagueiro Carlinhos e do meia Fernandes. O zagueiro é capitão da equipe desde que chegou ao clube, no segundo semestre de 2001. Márcio marcou sete gols em seus 99 jogos e suas maiores conquistas foram o título do Catarinense 2002 e o acesso à Série A do Brasileiro, em 2001.

O técnico Heron Ferreira surpreendeu ao mudar de estilo, fazendo mistério em relação à formação titular. Uma alteração é praticamente certa – a entrada de Edson, que estréia, na lateral esquerda, para a saída de Róbson. Outra dúvida recai sobre a permanência de Fernandes no meio-campo. O treinador poderia voltar a utilizar um esquema com três zagueiros. No ataque, apesar do pedido da torcida pela entrada do jovem Roberto, Bebeto deve ser mantido.