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Suinocultores discutem embargo russo à carne suína de SC

Apenas 10% dos animais infectados ainda não foram abatidos

Produtores, empresários e governo realizam nesta quinta, dia 26, uma reunião de emergência na Secretaria de Agricultura para avaliar os efeitos do embargo russo. O objetivo é encontrar formas de reestabelecer os negócios o mais rápido possível. O secretário da Agricultura, Otto Luiz Kiehn, disse que ficou sabendo da notícia no dia 24 e imediatamente convocou a reunião.

A primeira providência será um contato com a Secretaria Nacional de Defesa Animal, ligada ao Ministério da Agricultura. O secretário explicou que cabe à secretaria a iniciativa de estabelecer contato com as autoridades russas para tentar suspender o embargo. Kiehn disse que em outras ocasiões semelhantes o procedimento foi este e deu o resultado esperado.

– Diante de um problema desta natureza, o ministro costuma determinar a ida imediata de representantes para a Rússia –, afirmou.

O secretário está confiante numa reversão rápida da crise, já que Santa Catarina vem desenvolvendo uma política sanitária eficiente e possui credibilidade no mercado internacional. Ele disse ainda que a crise provocada pelo vírus de Aujeszky não pode ser comparada com a do vírus da Aftosa, que também levou ao embargo das importações pela Rússia.

– O Aujeszky não provoca prejuízo ao consumo e, inclusive, está presente na União Européia –, ponderou.

Apenas 1,5% do plantel de suínos do Estado foi infectado pelo vírus. Os animais com o vírus são retirados das propriedades e abatidos. Os que ficam, são vacinados. Até agora, a Cidasc já abateu mais de 90% dos animais afetados. A estimativa é de concluir o programa até março, sendo que o abate termina até o dia 17 de janeiro. No restante do tempo será feito um monitoramento, para a erradicação imediata de focos isolados que possam aparecer.

Não existe risco da doença se alastrar, já que a transmissão é difícil, apenas pelo contato direto (vias nasais). O vírus não afeta o homem e a carne não passa a doença para o rebanho. Apesar disso, a presença da doença compromete a sanidade no Estado, principalmente para exportação. A erradicação da doença no Estado visa também reduzir as perdas no campo, já que a mortalidade é grande.

VIVIANE ARAÚJO / DIÁRIO CATARINENSE
 

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