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 | 07/03/2008 14h55min

Eduardo da Silva desmente ter perdoado zagueiro que o agrediu

Presidente da Fifa vai propor suspensão vitalícia e criminalização de jogadas violentas

Eduardo da Silva desmentiu hoje o inglês Martin Taylor, zagueiro do Birmingham City que havia afirmado que se desculpou pela agressão. O brasileiro naturalizado croata, atacante do Arsenal, foi vítima de uma entrada violenta que lhe custou uma dupla fratura exposta — na tíbia e no perônio — e sete a nove meses de afastamento dos campos.

— Isso tudo é uma mentira colossal. Taylor não só não veio me procurar, como também não tentou fazer o mínimo contato que fosse, nem mesmo por telefone. O que escreveram nos jornais ingleses não reflete a verdade, que é muito diferente. Não houve pedido de desculpas por sua parte, e eu não aceitei nenhuma desculpa. Não podia ser de outra maneira. Até inventaram uma entrevista em que eu o perdoava, quando, na verdade, nunca lhe concedi desculpas — disse Eduardo, em uma entrevista à televisão da Croácia, país no qual atua na seleção nacional.

Taylor chegou a dizer que apresentou um pedido formal de desculpas ao brasileiro, quando o visitou em um hospital de Londres, fato que Eduardo nega firmemente. O atacante de 25 anos, nascido no Rio de Janeiro, teve que ser operado logo após o incidente, ocorrido durante uma partida da Premier League, e vai ficar pelo menos sete meses fora dos campos.

Blatter quer "tolerância zero"

O próprio presidente da Fifa, Joseph Blatter, clamou hoje a "tolerância zero" contra os jogadores violentos em campo. Em uma entrevista ao jornal The Times, afirmou que, com a lesão de Eduardo, "chegou-se ao limite". Ele está agora no Reino Unido para discutir o tema com a International Football Board, órgão encarregado de supervisar as regras do futebol.

— Vamos propor a suspensão vitalícia e a criminalização de quem cometer faltas violentas, que coloquem em perigo a integridade dos adversários, e os árbitros serão instruídos para uma maior severidade nos campos — disse hoje o presidente da Fifa.

Blatter também falou da necessidade de proteger os "jogadores de classe", como Kaká, Cristiano Ronaldo, Ronaldinho e outros, e de advertir os técnicos para que acabem com suas incitações à violência:

— São eles, em boa parte, os culpados pelos extremos a que chegamos. Sofrem tanta pressão que transmitem aos jogadores a sensação de que se deve ganhar a qualquer preço.

Contudo, a posição da Fifa não encontra espaço entre os torcedores ingleses: uma pesquisa entre os leitores do The Times revelou que 51% dos consultados não apóiam a postura de Blatter. Taylor recebeu somente três jogos de punição por sua agressão. Eduardo ficará muito mais tempo afastado.

ANSA
reprodução, site 20minutos.es / 

Entrada de Taylor rendeu uma dupla fratura exposta a Eduardo da Silva
Foto:  reprodução, site 20minutos.es


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