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 | 14/11/2007 11h01min

Sandra Soldan divide com De Rose antidoping da CBDA

Triatleta foi nomeada diretora-adjunta de doping da Confederação

A triatleta Sandra Soldan foi nomeada nesta terça-feira como a mais nova diretora-adjunta de doping da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). A indicação partiu do chefe médico da Organização Desportiva Pan-Americana, Eduardo de Rose, e que ocupa provisoriamente a diretoria médica da entidade nacional.

A contratação faz parte da reestruturação do departamento de doping da CBDA após a saída da médica Renata Castro, suspeita de ter seu nome ligado à fraude nos exames da nadadora Rebeca Gusmão, medalha de ouro no Pan, cujas análises em duas contraprovas de urinas acusou dois DNAs diferentes. No dia da divulgação dos resultados, Renata teria pedido desligamento da entidade, alegando motivos pessoais. Por causa disso, o caso foi encaminhado à polícia.

Sandra, 19ª colocada no triatlo do último Pan, é formada em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e sempre manifestou o desejo de trabalhar na medicina esportiva quando se aposentasse do esporte. Apesar da pouca experiência de Sandra, o presidente da CBDA, Coaracy Nunes afirma que confia na indicação de De Rose.

– Ela tem pós-graduação no esporte – disse o mandatário em declarações à Folha de São Paulo.

O mandatário da entidade máxima dos esportes aquáticos explicou que Sandra estará presente nas quatro primeiras competições sob nova diretoria, na qual será a responsável pela comissão médica da CBDA. De acordo com Coaracy, a triatleta acompanhará a delegação nacional em um evento-teste para os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim.

O dirigente esclareceu que Sandra já está à disposição das seleções olímpicas.

– Como triatleta, ela já passou por vários testes (antidoping). Está apta para o cargo. Além disso, fala inglês, tem condições de ler as regulamentações da federação internacional sobre doping – relatou Coaracy.

O dirigente conta que Sandra chegou e já sugeriu a adoção de exames fora de competição, a exemplo do que faz a Federação Internacional de Natação (FINA). Isto porque o Brasil acumula seis problemas de doping desde 2002, sendo o último o caso de Rebeca Gusmão. Com isto em vista, Coaracy promete adotar a medida, para evitar a repetição destes problemas.

– Qualquer coisa para evitar um problema como este (de Rebeca Gusmão). Perdemos uma grande nadadora, que poderia ser finalista olímpica. Contava com ela para duas finais em Pequim – finalizou o presidente da CBDA.

GAZETA PRESS
 

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