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 | 23/10/2007 06h54min

Mano diz, não manda dizer

Declarações polêmicas têm sido a marca registrada do treinador ao longo do campeonato

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Declarações apimentadas, ou que permitam mais de uma interpretação, têm virado uma marca do técnico Mano Menezes. Domingo, ao afirmar que havia faltado "saúde" ao Grêmio nos 20 minutos finais, o técnico passou a impressão de uma crítica ao preparador físico Flávio Trevisan.

Ainda no vestiário do Maracanã, ele tratou de desmentir essa versão. Explicou que se referia a defeitos de posicionamento de sua equipe. Entendia que, correndo errado, o Grêmio deixara de ser uma equipe compactada. "Em muitos momentos, nosso meio-de-campo era um deserto", ressaltou Mano.

Surpreso com a repercussão das palavras do técnico, Trevisan entende que possa ter ocorrido "um erro de colocação das palavras".

— É evidente que ele não quis dizer que o time está mal fisicamente. Se fosse isso, teria falado particularmente. Jantamos juntos após o jogo — disse ontem o preparador.

Para o meia Tcheco, pode ter sido uma referência à lentidão com que o Grêmio marcou e atacou. Mal posicionado, o time permitiu que o Flamengo fosse mais efetivo.

— De fato, o que ele falou dá margem a várias interpretações. Mas acredito que tenha se referido aos nossos problemas de posicionamento — diz Tcheco.

Direção evita se posicionar sobre as declarações

Na véspera do jogo contra o Palmeiras, no Parque Antártica, o técnico criticou seu colega Caio Jr., comparado por ele "a uma velha raposa do passado, apesar dos óculos modernos". Mano não havia gostado de uma suposta insinuação de Caio sobre a violência gremista.

Sexta-feira, o técnico do Grêmio denunciou um favorecimento da CBF ao Flamengo, que teve a chance de disputar seus jogos atrasados depois de se reforçar.

— Esse tipo de declaração não é bom para nossa categoria — respondeu Joel Santana, técnico do Flamengo.

A direção evita emitir um juízo sobre as declarações. Sobretudo em relação ao Flamengo, com cujos dirigentes o clube mantém estreita relação. Sábado, o vice de futebol Cléber Leite jantou com os assessores Paulo Pelaipe e Alfredo Oliveira.

— Aqui, cada um é responsável pelo que diz — observa Pelaipe.

 

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