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 | 22/11/2002 09h08min

CPE busca apoio à permanência da Petrobras no Estado

Comando das atividades exploratórias foi transferida para o Rio de Janeiro

Representantes da Comissão Parlamentar Externa (CPE) Diga Sim à Petrobras, da Assembléia Legislativa, buscaram na quinta-feira, dia 21, apoio político local para tentar reverter junto ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva a saída da Unidade de Negócios do Sul (UN-Sul) do Estado.

Membros da CPE e lideranças políticas de Itajaí embarcam na próxima segunda-feira, dia 25, rumo à Brasília para uma reunião com a equipe de transição do governo Lula. Segundo o presidente da CPE, deputado Volnei Morastoni (PT), a intenção é suspender a decisão da empresa de desativar o escritório em Itajaí.

– Ou pelo menos obtermos a garantia de que a situação possa ser revertida no início do ano que vem –, explica.

De caráter suprapartidário, a comissão entregou à diretoria da Associação Comercial e Industrial de Itajaí (ACII), à Câmara de Vereadores e à gerência da UN-Sul cópias de um dossiê com informações sobre as ações já realizadas em favor da permanência da unidade no município.

Para a presidente da ACII, Maria Izabel Pinheiro Sandri, a principal perda para a cidade é o próprio status de sediar uma unidade da Petrobras. O relator da comissão, deputado estadual João Macagnan, afirma que ainda que o empenho não surta efeito, a comunidade poderá ter a sensação de missão cumprida.

– Ninguém poderá acusar as lideranças de terem sido omissas quanto à questão –, destacou.

A decisão de desativar a UN-Sul e transferir o comando das atividades exploratórios do Sul para a sede no Rio de Janeiro foi anunciada pela Petrobras em fevereiro deste ano. A informação surpreendeu os mais de 200 empregados e terceirizados ligados à Unidade em Itajaí.

O presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina, Ronei Barbosa, acompanhou a comissão a todas as visitas realizadas na quinta em Itajaí. Preocupado com os empregos que a reestruturação poderá extingüir, Barbosa aposta na permanência da Un-Sul como base para que a empresa avalie melhor o aproveitamento de áreas ainda inexploradas na região, como a SC-10. A comissão sucede a campanha lançada pela ACII em junho com a intenção de buscar apoio político para intervir na decisão da empresa.

Segundo o gerente-geral da UN-Sul, Luiz Amaury Rediguieri, que recepcionou a comissão no final da tarde, o planejamento da empresa determinou que 110 dos atuais 130 empregados que hoje atuam em Itajaí já estarão trabalhando no Rio de Janeiro no dia 6 de janeiro de 2003.

– Como Unidade de Negócios, estamos submetidos a políticas e normas da Petrobras –, disse.

A decisão de transferir o comando das atividades do Sul foi tomada após reavaliação para reestruturação da empresa em todo o país. Segundo Rediguieri, com o esgotamento do Campo de Caravela, a previsão de produção de 7 mil barris/dia de petróleo nas novas áreas de exploração não justificaria a permanência da empresa no Estado.

LUCIANA ZONTA / JORNAL DE SANTA CATARINA
 

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