Por 19 votos a dois, a direção regional do PDT, o conselho político e integrantes da bancada aprovaram a participação no futuro governo Germano Rigotto. Segundo o presidente estadual do partido, deputado estadual Vieira da Cunha, a decisão será confirmada somente depois que o novo governador dimensionar a participação dos trabalhistas na equipe.

- Dependendo do espaço que nos for oferecido, podemos declinar o convite - disse Vieira, projetando que a decisão será conhecida na primeira quinzena de dezembro.

Na reunião de ontem, ocorrida no final da tarde, na sede do partido, também foi decidido que o partido apresentará nomes de técnicos para integrar a equipe de transição de Rigotto. As indicações deverão ser apresentadas nos próximos dias.

Um dos votos contrários, o deputado Pompeo de Mattos propôs que a adesão dos trabalhistas ao governo Rigotto seja referendada por uma reunião ampliada da base do partido. Uma das sugestões de Pompeo é de que o seminário estadual, previsto para os dias 13 e 14, na Capital, sirva para os trabalhistas baterem o martelo sobre o assunto, além de debater os rumos do PDT.

- Quero que o PDT ajude Rigotto, mas não que integre o governo. O PDT, como ente político, não apoiou o candidato, embora a maioria dos filiados tenha certamente votado nele. Mas compreendo e acato a decisão do partido - disse Pompeo.

O deputado estadual João Luiz Vargas espera que Rigotto adote em seu governo bandeiras históricas do trabalhismo, como a reativação de centros de ensino integral (Cieps), implementados no Rio pelo ex-governador Leonel Brizola e adotados no Estado na gestão de Alceu Collares. João Luiz ainda defende a valorização dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) e dos condomínios rurais.

- Queremos ver inseridos projetos trabalhistas. Na educação, temos responsabilidades com os Cieps - enfatizou.

Para o deputado, o partido poderá ter uma função importante:

- O PDT poderá servir como uma ponte importante para a ligação do governo do Estado com o governo Lula.