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 | 10/07/2007 21h22min

Controle sanitário do Pan na pauta da Agricultura

Ministério realiza inspeções em animais que vão competir nas provas de hipismo

A preocupação com a sanidade animal no Brasil também chega aos Jogos Pan-Americanos do Rio, que se iniciam na próxima sexta-feira na capital carioca. Com o objetivo de evitar a entrada de doenças em território brasileiro, o Ministério da Agricultura formou uma equipe de fiscais que vão inspecionar diariamente os 140 cavalos que estarão na competição.

Conforme o chefe da divisão de trânsito internacional do Ministério da Agricultura e coordenador dos trabalhos de defesa agropecuária do Pan, André Bompet, os cuidados já estavam sendo trabalhados há cerca de dois anos.

– Havia uma preocupação do Ministério da Agricultura para tornar clara todas as suas exigências e, com o objetivo de promover uma celeridade para todo o processo, nós criamos uma legislação específica para os jogos pan-americanos. É uma legislação publicada em 27 de outubro de 2006, onde o ministério informava a todos quais seriam as exigências do ministério, tanto operacionais quanto as exigências sanitárias – explica.

Bompet afirma que 15 fiscais do ministério estarão trabalhando em esquema de plantão durante os jogos para a supervisão oficial dos animais, que ficarão na estação quarentenária do complexo esportivo de Deodoro.

– Os cavalos vão passar por uma inspeção diária com termometria, que significa a medição de temperatura dos animais. Qualquer problema de saúde em que observarmos alguma alteração, teremos algum veterinário do ministério da agricultura acompanhando o problema e tomando as medidas cabíveis que ele achar pertinente – informa Bompet.

O coordenador afirma que o trabalho se respalda em acordos internacionais, com protocolos que devem ser cumprido. Ele salienta que existem doenças que têm restrição de trânsito internacional, como peste eqüina africana, encefalomielite eqüina venezuelana, encefalite japonesa, febre do Nilo Ocidental, arterite viral eqüina, durina, metrite contagiosa eqüina e linfangite epizoótica, doenças nas quais o Brasil é considerado livre pela Organização Mundial de Saúde Animal.

– Quando um país detecta esta doença, o que ocorre naturalmente é a restrição do comércio deste país. Fazendo uma analogia com outras espécies animais, a peste bovina e a encefalomelite eqüina venezuelana estão na mesma importância do que a gripe aviária para as aves. Então é preciso ter um cuidado extremamente rigoroso para evitar que algum animal venha com estas doenças encubadas no seu organismo – ressalta.

Bompet enfatiza ainda que os fiscais que estarão no Pan 2007 receberam treinamentos de atualização por meio de um trabalho em conjunto com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

– Houve uma atualização falando das principais doenças e quais são os sintomas. Também falamos sobre a pesquisa de ectoparasitas, que também é importante que os cavalos estejam livres des carrapatos, que são transmissores de muitas enfermidades. Tudo foi estudado com muita antecedência para estarmos firmes no evento – diz ele.

NESTOR TIPA JÚNIOR/RÁDIO RURAL
 

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