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 | 24/06/2007 14h02min

Aeroportos têm 5,4% dos vôos com atraso no país

Índice é considerado normal pela Infraero

Depois de cinco dias de confusão nos aeroportos, a situação é considerada tranqüila neste domingo. Boletim da Infraero aponta que, dos 566 vôos programados entre a 0h e as 12h, 31 atrasaram mais de uma hora – o equivalente a 5,4% do total. Trinta e seis vôos foram cancelados (6,3%).

Os aeroportos de Belém (PA), Congonhas (na zona sul de São Paulo), Confins (MG), Florianópolis (SC), Goiânia (GO) e Recife (PE) não registraram atrasos nesta manhã. A estatal informou ainda que, ao meio-dia, cinco vôos estavam fora do horário previsto. São decolagens dos terminais de Brasília, Curitiba (PR), Galeão (no Rio), Guarulhos (SP) e Porto Alegre (RS).

Cronologia da crise

A crise aérea do país já dura nove meses. O novo capítulo começou na tarde de terça com uma suposta operação padrão dos controladores de vôo do centro de controle de tráfego aéreo de Brasília, o Cindacta-1. Eles teriam feito um protesto contra a decisão da Aeronáutica de prorrogar as investigações do motim realizado em 30 de março, quando todas as decolagens do país foram suspensas.

O clima de tensão entre controladores e Aeronáutica piorou depois que foi anunciada a prisão administrativa do presidente da Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo (Febracta), Carlos Henrique Trifilio Moreira da Silva, na noite de quarta. Ele foi punido pela Aeronáutica por declarações dadas a uma revista. Na sexta, foi decretada a detenção de Moisés Gomes de Almeida, vice-presidente da Febracta, por uma entrevista concedida à Rádio CBN.

Durante a semana, foram anunciadas também panes no sistema do Cindacta-1. Muitos vôos atrasaram em todo o país entre terça e sábado. Passageiros tiveram que dormir no saguão dos aeroportos e esperar horas pelo embarque.

Para o governo, os controladores de vôo são o problema. Depois de receber do presidente Lula a ordem para jogar duro com a categoria, na sexta, o comandante da Aeronáutica afastou 14 sargentos controladores do Cindacta-1, a quem chamou de "lideranças negativas". A medida fez parte de um pacote de emergência para normalizar a situação dos aeroportos.

O sábado foi o primeiro dia do plano de emergência da Aeronáutica. O Cindacta-1 ganhou reforço de controladores de outros Estados no sábado, para compensar o afastamento dos 14 sargentos. Começaram a trabalhar no centro controladores militares de estados como Mato Grosso e Goiás, transferidos em caráter de emergência. Outros 14 sargentos da Defesa Aérea de Curitiba acompanharam as operações, num treinamento para assumir os terminais do Cindacta-1.

 

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