As recentes declarações de Marta Suplicy, ministra do Turismo, e Guido Mantega, ministro do Turismo, sobre a crise no sistema aeroportuário brasileiro levaram os deputados na dianteira da CPI do Apagão Aéreo na Câmara a pedir que os ministros evitem declarações sobre o assunto. Marta disse aos passageiros para “relaxarem e gozarem” e Mantega atribuiu a crise à prosperidade do país.

O apelo partiu do presidente da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, Marcelo Castro (PMDB-PI):

– As declarações que têm sido feitas nos últimos dias só têm trazido problemas. Fica parecendo que o governo não está preocupado com os passageiros que ficam horas no aeroporto – disse o deputado, conforme o Globo Online.

Em reunião nesta sexta com o ministro da Defesa, Waldir Pires, os deputados da CPI relatararam a visita dos parlamentares ao Cindacta 1, em Brasília.

Segundo o presidente da CPI, Pires mostrou "muita preocupação com os relatos", que dão conta de que existe uma grande falta de comunicação entre controladores e oficiais superiores. Para o deputado, a radicalização entre as duas partes é a causa da crise aérea. Pires se comprometeu a repassar as informações dos deputados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem se reuniu posteriormente.

– O que estamos assistindo hoje é um exagero de ambos os lados – completou o relator da CPI.

Segundo o petista, Pires disse que o governo quer resolver os problemas dentro dos marcos da Constituição e que a prioridade é cuidar das pessoas que estão sofrendo com os atrasos nos aeroportos.

Os representantes da comissão disseram que iriam se oferecer para intermediar as negociações sobre a crise nos aeroportos. A proposta também será apresentada ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, e aos representantes de controladores de vôo.